Governador do Tocantins é afastado em operação da PF sobre desvios na pandemia
Redação DM
Publicado em 3 de setembro de 2025 às 08:52 | Atualizado há 54 minutos
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), foi afastado do cargo nesta quarta-feira (3) por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A decisão, assinada pelo ministro Mauro Campbell, atende a pedido da Polícia Federal (PF) no âmbito da 2ª fase da Operação Fames-19, que investiga suspeitas de desvios de recursos destinados ao combate à pandemia de Covid-19.
Acompanhe também
Ao vivo: assista ao segundo dia do julgamento de Bolsonaro no STF
As apurações apontam irregularidades em contratos para fornecimento de cestas básicas e frangos congelados, firmados com recursos oriundos de emendas parlamentares. Segundo a PF, os acordos chegaram a R$ 97 milhões, com prejuízo estimado superior a R$ 73 milhões aos cofres públicos.
A operação mobilizou cerca de 200 agentes em 51 mandados de busca e apreensão em quatro estados: Tocantins, Distrito Federal, Maranhão e Paraíba. A suspeita é de que parte do dinheiro público tenha sido usada em empreendimentos privados, compra de gado e até despesas pessoais.
Com o afastamento de 180 dias, o vice-governador Laurez Moreira (PSD) assume interinamente a chefia do Executivo estadual. O processo segue em sigilo no STJ, mas a repercussão já provoca impacto político imediato no Tocantins.
Não é a primeira vez que o governador do Tocantins aparece no centro das investigações. Em agosto de 2024, Barbosa já havia sido alvo de mandados de busca e apreensão, em outra frente relacionada à aplicação de recursos públicos. Até o momento a assessoria ou gestor não se manifestaram.