Política

Protestos contra PEC da Blindagem e Anistia reúnem artistas e movimentos em mais de 30 cidades

DM Redação

Publicado em 21 de setembro de 2025 às 13:50 | Atualizado há 2 horas

Brasília, manhã de domingo: manifestantes de esquerda tomam ruas em protesto contra PEC da Blindagem e projeto de anistia
Brasília, manhã de domingo: manifestantes de esquerda tomam ruas em protesto contra PEC da Blindagem e projeto de anistia

Os brasileiros saíram às ruas, neste domingo (21/09), em pelo menos 30 cidades e 22 capitais contra a PEC da Blindagem e o projeto de anistia a condenados por tentativa de golpe de Estado. O movimento, apelidado de “PEC da Bandidagem” por críticos, tem apoio de centrais sindicais, coletivos sociais e parlamentares da base do governo.

Em Brasília, o protesto começou às 10h no Museu Nacional, com apresentação de Chico César. Em Belo Horizonte, Fernanda Takai abriu o ato na Praça Raul Soares, às 9h. Já em São Paulo, a concentração se deu no Masp, na Avenida Paulista, às 14h.

No Rio de Janeiro, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque cantaram juntos em Copacabana sobre um trio elétrico, acompanhados de nomes como Djavan, Maria Gadú, Marina Sena e o grupo Os Garotin.

Nas redes sociais, Caetano Veloso defendeu que a população volte às ruas contra o Congresso, acusado de tentar frear investigações criminais. Os organizadores afirmam que a proposta abre caminho para impunidade de parlamentares.

O modelo já vigorou até 2001, quando foi derrubado após décadas marcadas por impunidade

A medida prevê que qualquer processo criminal contra congressista dependa de autorização da maioria absoluta da Câmara ou do Senado. O prazo para resposta seria de 90 dias. Parlamentares favoráveis dizem que a proposta devolve prerrogativas de 1988 e freia abusos do STF.

O modelo já vigorou até 2001, quando foi derrubado após décadas marcadas por impunidade em casos de corrupção, assassinatos e tráfico de drogas que envo parlamentares. Para críticos, a proposta representa retrocesso.

O texto, aprovado em dois turnos na Câmara, segue para análise no Senado. O presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA), classificou a PEC como inaceitável e afirmou que a “repulsa da sociedade” deve pesar no debate.

Foto: Agência Brasil

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