Strippers em funerais: tradição polêmica ainda resiste na China rural
DM Redação
Publicado em 26 de setembro de 2025 às 16:02 | Atualizado há 4 horas
Famílias contratam strippers para funerais, em vilarejos da China, com a intenção de atrair multidões. A presença de público numeroso é vista como sinal de prestígio e forma de honrar o falecido. Para alguns, as apresentações eróticas funcionam como demonstração de status e riqueza.
A prática ganhou força em Taiwan nos anos 1980 e chegou às zonas rurais da China continental. Especialistas explicam que, nessas comunidades, funerais podem assumir caráter festivo quando a morte ocorre em idade avançada, ao simbolizar uma vida longa e próspera.
O governo chinês classifica o costume como “vulgar” e “não civilizado”. As autoridades reforçaram medidas de repressão, com prisão de organizadores, punições severas e até criação de linhas de denúncia anônima com recompensas financeiras.
Apesar da repressão, casos continuam a surgir. Em 2017, por exemplo, um funeral em Taiwan chamou atenção ao reunir 50 dançarinas de pole dance nos tetos de jipes, em homenagem a um político que desejava uma despedida festiva. Já em regiões rurais da China, a prática persiste longe dos centros urbanos, alimentada pela falta de opções culturais.
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