Surto de whisky e vodka falsificados com metanol causa morte no estado de SP
DM Redação
Publicado em 29 de setembro de 2025 às 10:20 | Atualizado há 4 horas
Uma onda de intoxicação por metanol deixou ao menos uma pessoa morta e outras oito hospitalizadas no estado de São Paulo entre os dias 1º e 18 de setembro. Os casos foram registrados nas cidades de São Paulo, Limeira e Bragança Paulista, e notificações foram encaminhadas ao Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), com sede em Campinas.
Segundo as autoridades, a vítima fatal era um homem de aproximadamente 50 anos, que começou a apresentar sintomas após consumir bebida alcoólica adulterada. Os demais pacientes foram internados com quadros graves de intoxicação, muitos deles após ingerirem diferentes tipos de bebidas como gin, vodka e whisky possivelmente adulteradas com metanol.
O Ciatox classificou o surto como fora do padrão habitual, pois intoxicações por metanol costumam ocorrer em situações isoladas ou em populações vulneráveis. A participação de ambientes sociais, como bares e festas, ampliou a preocupação dos órgãos de saúde. Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou que o número real de casos pode ser maior, devido à subnotificação.
O metanol é uma substância altamente tóxica; mesmo em pequenas quantidades pode causar danos graves ao organismo. Os sintomas incluem náuseas, tonturas, perda de visão e insuficiência renal. O tratamento exige detecção precoce e pode envolver antídotos (como fomepizol ou etanol) e suporte como hemodiálise.
Autoridades sanitárias estaduais e federais estão mobilizadas, e uma investigação foi aberta para identificar origem e distribuição das bebidas adulteradas. Consumidores são orientados a evitar bebidas de procedência duvidosa e buscar atendimento médico imediato diante de sintomas suspeitos.