Ração revoluciona manejo e produtividade da pecuária nacional

Solução criada por técnicos brasileiros em 2004 reduz custos, aumenta rendimento de carcaça e contribui para a sustentabilidade no campo

A pecuária brasileira tem assistido a uma transformação silenciosa, mas de grande impacto, no manejo alimentar de bovinos de corte. Desde 2004, a Ração Dieta Total, desenvolvida pelo confinamento Pontal foi aperfeiçoada e viabilizada para comercialização pelo departamento técnico NutriGanho, tem se consolidado como uma alternativa eficiente às dietas tradicionais à base de silagem, e oferece benefícios produtivos, econômicos e ambientais para pecuaristas em diferentes regiões do país.

Para o zootecnista, gestor comercial e sócio da marca, Fernando Carlos de Oliveira, a mudança partiu de uma necessidade real do produtor.

“Decidimos criar uma dieta sem dependência de volumosos como silagem de milho, capim ou bagaço de cana. Buscamos uma formulação que maximizasse o desempenho do animal e melhorasse a conversão alimentar. O resultado foi uma ração prática, eficiente e com ganhos expressivos em produtividade”, explica Oliveira.

Enquanto confinamentos tradicionais exigem tratos diários de 30 a 35 quilos de alimento por animal, a ração permite reduzir esse volume para cerca de 8 a 10 quilos, com 90% de matéria seca.

“Isso significa que uma ou duas pessoas conseguem tratar 600 a 800 animais por dia, sem necessidade de maquinário pesado ou grandes equipes. No modelo convencional, seriam necessárias até oito pessoas para a mesma operação”, pontua Oliveira.

Além da praticidade, a dieta pode ser fornecida uma vez ao dia em cochos convencionais ou até a cada sete dias com o uso de caixas alimentadoras móveis, desenvolvidas pela própria NutriGanho.

“A caixa alimentadora é uma ferramenta que reduz drasticamente a necessidade de mão de obra. Com capacidade de 4.500 quilos e estrutura para atender 150 animais simultaneamente, ela acompanha o rebanho nos piquetes e facilita todo o processo de manejo”, destaca o zootecnista.

Sustentabilidade em pauta

Outro diferencial é a contribuição ambiental da tecnologia. “A fermentação dessa dieta gera muito menos metano quando comparada às dietas com alto teor de volumoso. Hoje, esse é um tema central para o mercado e uma das maiores vantagens que conseguimos entregar ao produtor”, afirma Oliveira.

Mais carne com menos custo

O desempenho animal também chama atenção. A conversão alimentar, ou seja, a capacidade de transformar o alimento em carne e ganho de peso, é superior às práticas convencionais.

“Nós conseguimos rendimentos de carcaça superiores aos alcançados nos confinamentos tradicionais que utilizam silagem”, conclui o especialista.