Saúde

Iquego pede ao Ministério da Saúde autorização para produzir canetas emagrecedoras

DM Redação

Publicado em 3 de outubro de 2025 às 16:13 | Atualizado há 14 horas

O documento agora passa por análise técnica nas áreas competentes do Ministério
O documento agora passa por análise técnica nas áreas competentes do Ministério

A Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego) busca aval do Ministério da Saúde para iniciar a produção de dois medicamentos injetáveis em alta no mercado: a Semaglutida, indicada para o tratamento do diabetes tipo 2, e a Liraglutida, voltada ao emagrecimento e controle do peso. Conhecidos como “canetas emagrecedoras”, os produtos ganharam protagonismo diante da forte demanda nos últimos anos.

No ciclo 2024/2025, a Iquego recebeu parecer desfavorável, mas apresentou recurso administrativo dentro do prazo legal. O documento agora passa por análise técnica nas áreas competentes do Ministério. O laboratório afirma estar confiante na reversão da decisão.

A estatal goiana participa de programas estratégicos como o PDP (Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo), o PDIL (Programa de Desenvolvimento e Inovação Local) e o Pdceis (Programa de Desenvolvimento do Ceis). O desafio está na concorrência com instituições consolidadas, como Fiocruz, Butantan e Lafepe, que apresentam maior capacidade produtiva, cronogramas estruturados e parceiros tecnológicos consolidados.

Segundo a Iquego, a aprovação depende de comprovação de capacidade industrial, parceiros tecnológicos com domínio de know-how, viabilidade econômica para o SUS e aderência às diretrizes do ministério. O processo enfrenta ainda barreiras relacionadas à propriedade intelectual e cadeias de suprimento sensíveis.

Mesmo diante da competitividade, a direção da empresa aposta na conquista de ao menos três aprovações nos programas federais em curso, ao ressaltar melhorias industriais, regulatórias e de parceria apresentadas nos recursos encaminhados.

Criada em 1962, a Iquego é uma sociedade de economia mista sob controle majoritário do governo de Goiás, que detém 51% das ações. A gestão é conduzida por um conselho de 11 membros, com a presidência indicada pelo Estado. Parte dos lucros pode ser distribuída a acionistas, embora a assembleia geral tenha a prerrogativa de reinvestir valores na operação.

Foto: PNB Online

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