Meninos trocados ao nascer em Inhumas são destrocados após quase quatro anos
DM Redação
Publicado em 8 de outubro de 2025 às 20:20 | Atualizado há 3 horas
Após quase quatro anos de convivência com famílias trocadas, os meninos nascidos em uma maternidade de Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia, retornaram aos pais biológicos. O caso veio à tona após um exame de DNA solicitado por Cláudio Alves, que desconfiava da paternidade do filho. A ex-esposa, Yasmin Kessia da Silva, também realizou o teste e descobriu que não era mãe biológica da criança.
Os exames, realizados em outubro de 2024, mostraram que o sangue da criança não era compatível com o de Cláudio nem com o de Yasmin. O casal lembrou que outro bebê nascera na mesma maternidade e no mesmo dia — 7 de dezembro de 2021 —, a poucos minutos de diferença. Ao procurarem o outro casal, Isamara Cristina Mendanha e Guilherme Luiz de Souza, decidiram realizar novos testes, que confirmaram a troca entre os meninos.
A Polícia Civil investigou o caso e concluiu que a troca aconteceu dentro do berçário, quando uma técnica de enfermagem confundiu os bebês na hora da entrega. Apesar do erro, o inquérito foi arquivado, pois as crianças estavam devidamente identificadas com pulseiras de nascimento e não houve dolo.
Em dezembro do ano passado, as duas famílias se aproximaram e chegaram a fazer um passeio juntas. Desde então, passaram por um processo emocional e judicial para destrocar as crianças. A Justiça homologou o acordo nesta semana e definiu um cronograma para a convivência com ambos os núcleos familiares.
De acordo com o documento, os meninos viverão com os pais biológicos de segunda a sexta-feira. No primeiro fim de semana de cada mês, ficarão com Yasmin e Cláudio; no segundo, com Isamara e Guilherme. No terceiro, permanecem com os pais biológicos; e no quarto, passam o fim de semana com os pais socioafetivos — aqueles que os criaram.
Foto: Arquivo Pessoal