Artilharia pesada: Telegram envia mensagens aos usuários distorcendo fatos sobre o PL das Fake News
Gregory Rodrigues
Publicado em 9 de maio de 2023 às 19:22 | Atualizado há 4 meses
O que
temem as grandes plataformas digitais com a possível aprovação do projeto de
lei 2630/2020, popularmente conhecido como PL das Fake News? A pergunta já se
tornou repetitiva diante do cenário instalado em nossa sociedade, cenário de
discussões e distorções dos reais fatos.
O
projeto em questão já tramita no Congresso Nacional há algum tempo, e já foi
inclusive aprovado pelo Senado Federal. Porém a temática segue levantando a
poeira das narrativas, contaminando o debate e impedindo uma análise crítica e
coerente da importância e relevância de um projeto que busca por fim a
impunidade dos discursos de ódio e desinformação.
Quando
um projeto de lei causa repercussão nacional, é comum que os gabinetes de
parlamentares se tornem “pontos turísticos em alta temporada”, tendo em vista o
alto número de vistas que recebem das partes interessadas na aprovação ou não
de algum tema. As Big Techs investiram pesado nestas ações, porém, a
articulação não parou por aí. Nesta terça feira, 09, o Telegram enviou
mensagens em massa para todos os usuários de sua plataforma, alardeando que a democracia
estaria sob risco caso o PL fosse aprovado.
Na
mensagem encaminhada, a rede afirma que “O Brasil está prestes a aprovar uma
lei que irá acabar com a liberdade de expressão. O PL 2630/2020 dá ao governo
poderes de censurassem supervisão judicial prévia”. A citação, no entanto, não
condiz com a realidade do texto protocolado pelo relator Deputado Federal
Orlando Silva (PCdoB) que ao realizar adequações, retirou a criação de um órgão
fiscalizador do texto.
O
Telegram salienta que a o projeto como está, “matará a internet moderna”, e que
ele representa uma das legislações mais perigosas já consideradas no Brasil. A
plataforma pede ainda que os usuários entrem em contato com os parlamentares de
sua região para que sejam contrários a aprovação do texto.
O
Senador Randolfe Rodrigues (Rede) se manifestou por meio de seu perfil no twitter,
afirmando que o Telegram teria nos brindado com uma clara tentativa de
interferir no debate democrático.
Divulgação Redes Sociais