Goiás é o representante do Centro-Oeste com maior número de beneficiários do Bolsa Família em março. Mais de 492 mil famílias nos 246 municípios goianos vão ser contempladas com um valor médio de R$ 684,34, um recorde na história do programa de transferência de renda do Governo Federal para o estado. O valor dos repasses no mês supera R$ 336 milhões. As informações foram confirmadas pelo deputado federal Rubens Otoni (PT-GO).
Goiânia é o município com maior número de beneficiários. São 70.527 famílias que recebem um valor médio de R$ 676,43 a partir do investimento de R$ 47,7 milhões na capital goiana. Outros cinco municípios do estado somam mais de 12 mil beneficiários: Águas Lindas (27.579), Luziânia (24.671), Aparecida de Goiânia (17.508), Planaltina (13.021) e Rio Verde (12.127).
Em sua nova versão, o Bolsa Família assegura o repasse mínimo de R$ 600 e traz como principal novidade o Benefício Primeira Infância, que garante um adicional de R$ 150 a cada criança entre 0 e 6 anos na composição familiar. São 8,9 milhões de meninos e meninas nessa faixa etária em todo o país, e um investimento de R$ 1,3 bilhão. Em Goiás, 267.656 crianças estão entre as beneficiárias.
A base de dados de março registra, ainda, que 17,2 milhões das famílias de todo o país no programa de transferência de renda têm como responsável uma mulher: 81,2%. Em Goiás, 434.718 dos lares contemplados têm essa característica, ou 88,2% do total. É o maior percentual registrado no país.
O deputado Rubens Otoni explica que mais do que uma ação de transferência de renda, o Bolsa Família é um instrumento da estratégia de redução da pobreza, de combate à fome e de promoção da educação e da saúde do Governo Federal. “O programa volta a enfatizar condicionalidades estratégicas, como a exigência de frequência escolar para crianças e adolescentes de famílias beneficiárias, o acompanhamento pré-Natal para gestantes e a atualização do caderno de vacinação com os imunizantes previstos no Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde”, explica Otoni.
Quem recebe
O Bolsa Família é voltado para famílias em situação de vulnerabilidade econômica e social. Para serem habilitadas, elas precisam atender critérios de elegibilidade, como apresentar renda classificada como situação de pobreza ou de extrema pobreza. Com a nova legislação, têm acesso ao programa as famílias que têm renda de até R$ 218 por pessoa. As famílias precisam ter os dados atualizados no Cadastro Único e a seleção considera a estimativa de pobreza, a quantidade de famílias atendidas em cada município e o limite orçamentário.