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“Força da militância do MDB está à sua disposição”, diz Daniel a Mabel

Vice-governador coordena reunião com pré-candidato a prefeito da base aliada ao governo estadual

Sandro Mabel e Daniel Vilela: somatório de forças 
partidárias para vencer em Goiânia Sandro Mabel e Daniel Vilela: somatório de forças partidárias para vencer em Goiânia

Em reunião realizada nesta sexta-feira, 3/5 – da qual participaram o pré-candidato a prefeito Sandro Mabel (UB), integrantes da bancada do MDB na Câmara e pré-candidatos a vereadores pelo partido -, o vice-governador e presidente regional do MDB, Daniel Vilela, destacou a capilaridade da legenda na capital, a força da militância e o histórico de vitórias da sigla nas disputas pelo Paço Municipal.

Na sequência, Daniel colocou toda a estrutura do partido à disposição de Mabel, que concorrerá à Prefeitura de Goiânia com o apoio do governador Ronaldo Caiado e de aliados, como o próprio MDB. “Você está diante de um time animado e muito motivado. Utilize toda esta nossa força a seu favor”, disse o vice-governador ao pré-candidato, também empresário e presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg).

Sandro Mabel, em contrapartida, fez afagos ao MDB e aos emedebistas ao reconhecer o que líderes do partido fizeram, através de mandatos eletivos, por Goiânia e por Goiás. Mencionou, com extrema deferência, as biografias dos ex-governadores e ex-prefeitos Iris Rezende e Maguito Vilela. E foi enfático ao garantir aos vereadores e pré-candidatos ali presentes que ele se comprometia a valorizar todos aqueles que estivessem ao seu lado na campanha e dispostos a “arrumar” e “consertar” a capital.

O pré-candidato a prefeito também sinalizou que não medirá esforços para auxiliar na eleição de vereadores do MDB a fim de ter um bloco forte de aliados no Legislativo goianiense que, em contrapartida, lhe irá assegurar governabilidade. “Nós vamos fazer juntos, trabalhar juntos. Eu, como gestor, não quero mérito de nada. Mas quero um grande time ao meu lado”, pontuou.

Nome para vice

Quando instigado a detalhar eventuais articulações sobre a escolha daquele que será seu companheiro de chapa, Sandro Mabel fez coro ao que Daniel Vilela havia dito logo no começo da reunião. Ambos entendem que, por ora, a discussão é “precipitada”, que o MDB tem, impreterivelmente, assento na mesa de negociações e que o governador Ronaldo Caiado também tem voz ativa nestas definições.

Aliás, Daniel antecipou que será agendado, para os próximos dias, reunião com aqueles mesmos integrantes e com o governador, a fim promover maior interação entre os emedebistas que irão encarar as urnas em 2024 e aquele que o próprio vice-governador define como “timoneiro” nestas eleições.

O encontro, realizado na sede conjunta dos diretórios estadual e metropolitano, no setor Aeroporto, em Goiânia, foi coordenado pelo vice-governador, cuja participação se deu de maneira remota, por videoconferência. O presidente do MDB na capital, o ex-vice-prefeito Agenor Mariano; e o ex-presidente do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e figura histórica do partido, Paulo Ortegal, também estavam presentes.

Iris Rezende ensinou a evitar os aventureiros da política

Um dos maiores líderes políticos de Goiás, senão o maior, Iris Rezende Machado foi quatro vezes prefeito de Goiânia e é celebrado como o maior tocador de obras que a gestão pública já conheceu. Estima-se que de tudo que têm em Goiânia e que foi construído pelo poder público, cerca de 70% foi obra do emedebista, seja durante os quatro mandatos de prefeito, seja enquanto duas vezes governador do Estado. Iris morreu em 2021, vítima das consequências de um AVCH, e deixou uma lacuna que dificilmente será preenchida.

Ao anunciar que não iria concorrer à reeleição nas eleições de 2020, mesmo com as pesquisas indicando uma vitória em primeiro turno, Iris destacou que sua missão estava cumprida e que orgulhava-se de ter a consciência de que encerraria sua carreira política de 62 anos de vida pública sem nenhuma mácula, sem nenhum dolo, sem nódoa, mesmo depois de inúmeros mandatos sempre pautados pela correção, zelo e absoluta legalidade dos atos praticados.

Naquele agosto de 2020, Iris disse também que reservaria todos os seus esforços para cumprir os compromissos firmados com a população de Goiânia, e que não assumiria partido naquelas eleições. Não obstante, em eventos que sucederam o anúncio de que não seria candidato e também em outras oportunidades, Iris sempre fez questão de deixar um recado aos goianienses, na realidade um conselho que deve ser seguido por todos que efetivamente se preocupam com Goiânia.

“Olha, o eleitor tem que ter muita responsabilidade. O voto é a principal arma do eleitor e ele precisa usar com muita responsabilidade. O voto é soberano, mas o eleitor precisa ter responsabilidade, precisa evitar os aventureiros, porque destruir uma administração é a coisa mais fácil do mundo, mas reergue-la, oia… é muito difícil”, dizia com seu jeito clássico.

Iris sabia do que falava. Quatro anos antes, tinha recebido uma gestão comprometida com déficits milionários e um rombo que beirava R$ 1 bilhão. Ao final dos quatro anos, Goiânia era modelo para o Brasil em matéria de gestão fiscal e experimentava um dos maiores ciclos de investimentos da sua história. Mais uma vez, Iris realizou uma gestão de excelência e havia recolocado Goiânia no caminho da prosperidade.

Portanto, é necessário que ouçamos o conselho de Iris Rezende. Evitemos os aventureiros, evitemos aqueles que têm como discurso o extremismo, evitemos aqueles cuja maneira de agir sempre foi pautada pela mentira, pelas fake news, pelo negacionismo, pelas narrativas que semeiam o caos, o supremacismo e o ódio. É preciso evitar aqueles que, por suas ações, já provaram que são incompetentes para administrar nossa cidade.

Goiânia precisa ser cuidada como Iris Rezende cuidou. Com a proximidade do pleito que vai escolher o próximo prefeito da capital, é necessário um esforço concentrado de esclarecimento aos eleitores goianienses, a fim de que evitem os aventureiros, sob pena de assistirmos a degradação total da capital goiana, e com um agravante: hoje não temos mais Iris para consertar as coisas.

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