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CAFÉ COM O PSICANALISTA

A urgência em saúde mental no Brasil

Brasil ocupa os mais altos lugares no ranking de saúde mental no mundo

Brasil ocupa os mais altos lugares no ranking de saúde mental no mundo Brasil ocupa os mais altos lugares no ranking de saúde mental no mundo

Muito se falou de saúde mental após a pandemia de COVID 19, muitas lives, livros, sites e redes sociais falaram e falam do tema. E isto foi de fato muito importante para lutar contra o estigma e tabu sobre o tema, contudo muito há que se falar e fazer. O cuidado com a saúde mental não é moda ou um tema que engaja nas redes sociais, mas sim são dores silenciosas com consequências reais.

Infelizmente, muitos que escutam ou leem sobre saúde mental interpreta simplesmente como doença mental, ou seja, algo que não posso tocar e quase que proibido para eu me manter aceitável ou bem relacionado. Contudo, quando ouvimos sobre saúde mental precisamos saber que se fala de cuidado para com nós mesmos, o que nos aflige e causa dor precisa ser olhado e cuidado, com coragem e se permitindo.

Os números de pesquisas revelam nossa atual situação: O Brasil é o 2º. país com maior numero de pessoas do mundo com síndrome de burnout; o 1º. Lugar na América Latina de mais depressivos e o pais mais ansioso do mundo. Enfim, estes pódios não são dignos de comemorações, mas sim de uma preocupação urgente de todos nós.

Precisamos nos perguntar o que estamos fazendo para que cuidemos de nós e levar a sérios nossos sentimentos e afetos.

Estes números não podem ser interpretados como unicamente dados frios e sem dores, pois são dores silenciosas e com consequências reais. É na verdade uma pandemia silenciosa, que a cada dia mais se mostra suas consequências, as vezes trágicas e fatais.

Há em muitos lugares e contextos verdadeira negligencia sobre o tema, e exatamente por este motivo, silenciosamente vai se edificando uma estrutura social e relacional de dores e angústias, onde cada um, vai tentando “sobreviver” como se pode e consegue.

Mas quando você irá se permitir e fazer perguntas reais sobres suas dores, e entender que você não precisa passar por isto sozinho. E ainda, o que tem feito para se compreender a necessidade do autocuidado e a possibilidade de pedir ajuda.

E ainda, o que se tem feito para que no meio corporativo, educacional, governamental e empresas este tema ocupe um lugar de destaque necessário e urgente? Você gestor, educador, político, empreendedor tem buscado uma sensibilidade sobre o tema.

A cada vez mais, tem surgido gestores e empresários que olham pra si, e a partir disto se descobre a necessidade de olhar para seus colaboradores, lideres e pessoas em suas empresas e ambientes. Ou ainda educadores e gestores educacionais que não se ocupam apenas por transmissão pedagógica de conteúdo curricular.

Mas acima de tudo, aqui te convido para olhar pra si, e ver o que tem te impedido de pedir ajuda, se permitir a reconhecer que a dor precisa ser olhada e observada. E o pedir ajuda, te colocara na possibilidade de ir além e ser você mesmo, mais livre e leve.

Que estes números altíssimos nos impactem a pedir ajuda e fazermos perguntas corretas sobre nossas dores e realidades, para alcançar uma vida mais plena.

Me conte como tem sido sua jornada, e seja sempre bem vindo por aqui e lá no meu instagram.

Bom café!

Elias Silva

Psicanalista, fundador e diretor do Instituto Self de Psicanálise e Psicologia

Palestrante, treinador e mentor de pessoas e carreiras

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