![Imagem ilustrativa da imagem Grávida também transa!](https://cdn.dm.com.br/img/Artigo-Destaque/120000/1200x720/Artigo-Destaque_00127032_00-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dm.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F120000%2FArtigo-Destaque_00127032_00.jpg%3Fxid%3D594056%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721218645&xid=594056)
A vida das mulheres é marcada por várias fases e uma delas é a gravidez. As discussões sobre a romantização da gravidez têm sido cada vez mais frequentes, e o número de mulheres que não desejam uma gestação vêm aumentando.
A mulher atual é uma mulher diferenciada, questionadora e que busca independência e qualidade de vida.
A maternidade mexe não só com os hormônios femininos, mas também com o emocional. Junto com as mudanças físicas, essa mulher experimenta um turbilhão de novas emoções. Nem sempre o cuidado com o emocional é valorizado por essa grávida, por sua parceria e pelos profissionais que atendem essa mulher.
E nesse novo cenário, a sexualidade é um aspecto que não deve ser deixado de lado.
A partir do momento que uma mulher descobre a gravidez, muitos questionamentos e inseguranças também aparecem. Será que conseguirei cuidar desse bebê? O sexo pode machucar o bebê? Até quando posso transar? Sexo pode causar abortamento?
Os homens também podem vivenciar essa fase da gestação com alguns temores. É muito comum eles terem medo de machucarem o bebê durante a relação, enquanto outros têm dificuldade para transar com uma mulher que agora terá esse papel de mãe. A associação da maternidade com pureza, pode ser um grande desafio para que esse parceiro enxergue nessa mulher o seu papel de esposa e amante. Pode haver uma perda do erotismo desse casal em detrimento da maternidade.
![Grávida também transa!](https://cdn.dm.com.br/img/inline/120000/412x0/inline_00127032_00-3.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dm.com.br%2Fimg%2Finline%2F120000%2Finline_00127032_00.jpg%3Fxid%3D594058&xid=594058)
A formação do obstetra para abordar a sexualidade ainda é limitada. Além disso, a vergonha da grávida em fazer perguntas sobre sexo pode impedir o esclarecimento de dúvidas importantes e comprometer não só a rotina sexual desse casal, como também o seu relacionamento.
O sexo está liberado durante toda a gravidez, desde que a gestante não apresente sangramento pela vagina, dor em baixo ventre ou contrações e que a bolsa amniótica esteja íntegra.
O bebê está adequadamente protegido dentro da bolsa amniótica. O pênis, ao penetrar a vagina, não irá encostar nesse bebê e nem machuca-lo. O colo do útero tem de 4-6cm e será uma barreira para que o pênis não atinja o bebê.
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No primeiro trimestre as náuseas e vômitos podem trazer muita indisposição, comprometendo a frequência sexual. Essa mulher não se sentirá disposta para uma relação sexual. É claro que nem todas têm enjoos e náuseas e, enquanto a maioria experimenta uma diminuição do desejo sexual na gestação, um minoria refere aumento do desejo. Nessa fase, como a barriga ainda não cresceu, não há limitação em termos de posições na hora H.
No segundo trimestre temos uma melhora desses sintomas, e com a melhora da disposição, essa costuma ser a melhor fase para a vida sexual do casal. A lubrificação está aumentada, facilitando a penetração e a barriga ainda não cresceu a ponto de oferecer limitações.
No terceiro trimestre, o peso da barriga e o inchaço, sobretudo nas pernas, pode novamente trazer indisposição. As posições para a relação vão ficando mais difíceis e é importante dar preferência para aquelas que não apertem a barriga.
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O segundo trimestre seria então a fase mais propícia para o sexo na gravidez, porém sexo vai muito além da penetração e a gestação pode ser um momento de muito aprendizado quanto à intimidade do casal.
O desejo sexual pode estar diminuído por conta da diminuição do estrogênio e aumento da progesterona. Mas desejo sexual não é apenas hormônio e quando esse casal cultiva seus momentos de intimidade sem sexo, o desejo pode ser mantido e ser restabelecido mais rápido após o parto. O apoio e carinho que a grávida recebe faz toda a diferença para a vida sexual.
Quando as relações sexuais são suspensas por conta de algum problema na gravidez, é importante que o obstetra oriente esse casal a manterem sua intimidade mesmo sem a possibilidade de terem penetração.
Várias práticas sexuais não penetrativas e também conhecidas como práticas Gouinage, podem ser realizadas. Isso poderá ser um grande aprendizado para esse casal, contribuindo positivamente para o aumento de seu repertório sexual.
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O pós parto ou também chamado de puerpério ou resguardo, dura 40 dias. É uma fase em que o organismo da mulher está se restabelecendo, os hormônios ainda estão bem alterados. As incontáveis noites mal dormidas, dedicadas aos cuidados com o recém-nascido, trazem muito cansaço a essa mulher. As mudanças com a nova rotina, o blues pós parto, vivenciado por quase todas as mulheres, irão novamente dificultar uma frequência sexual satisfatória para ambos. A ajuda da parceria ou de outros cuidadores será fundamental para não sobrecarregar essa puérpera. Assim ela estará mais disposta e estando mais disposta poderá se envolver mais facilmente numa relação sexual.
@drajoicelima