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Quem nunca levou um “Ghosting”?

Aquele crush que você conheceu num aplicativo já sumiu de repente?

Imagem ilustrativa da imagem Quem nunca levou um “Ghosting”?

O fenômeno do Ghosting não é algo novo, mas vem crescendo muito junto com o crescimento do uso de aplicativos de relacionamento. O termo se popularizou em 2015, após a atriz Charlize Theron romper seu relacionamento com o ator Sean Pean, dando um ghosting no mesmo.

Provavelmente você também já levou um ghosting e talvez não saiba.


		Quem nunca levou um “Ghosting”?
Fonte: Reprodução

Mas, afinal, o que é um Ghosting?

Ghosting deriva da palavra Ghost que significa fantasma. E a sensação é bem essa, de que aquela pessoa com quem você estava se relacionando virou um fantasma. A história mais comum que ilustra o termo é de alguém que você conheceu, começa a conversar com essa pessoa, podem se encontrar algumas vezes e, de repente, a pessoa simplesmente para de responder suas mensagens e some sem deixar rastros, ou seja, alguém com quem você estava se relacionando some sem dar nenhuma explicação. E foi bem isso que aconteceu com Charlize e Sean, ela parou de atender as ligações do ator e ignorou suas mensagens. Em suas declarações mais recentes ela diz que está há 10 anos sem namorar, ignorando completamente o relacionamento vivido com o ator.

Várias pesquisas têm sido realizadas para explicar e dimensionar esse comportamento. Uma enquete realizada em 2016 pelo site de relacionamento Plenty of Fish, com 800 usuários entre 18 e 33 anos (geração millenials) constatou que 80% deles já tinham levado um ghosting.

Se por um lado os aplicativos de relacionamento facilitaram o contato entre as pessoas, por outro facilitaram os términos de forma abrupta.

O que a ciência tem evidenciado é que términos na forma de ghosting são traumáticos para quem os recebe. E dois aspectos importantes devem ser considerados, o sentimento de rejeição e a incerteza.

A rejeição ativa áreas do cérebro como o giro cingulado, levando a dor física. Segundo Freud, a rejeição amorosa é uma das piores dores que o ser humano pode enfrentar. Temos dificuldade para conviver com a incerteza. Não saber se um dia essa pessoa vai responder novamente, ou qual foi o motivo de ter desaparecido, gera muita ansiedade. Pesquisas mostram um nível de ansiedade bem maior entre as pessoas que levaram um ghosting do que aquelas que levaram um clássico “pé na bunda”. A dor é maior quando não há um ponto final de verdade.

Quem passa por um ghosting pode levar um tempo até cair a ficha que aquele relacionamento acabou e alimentar esperanças que o outro ainda irá responder. A princípio pode até pensar que aconteceu uma tragédia para o outro ter desaparecido ou o celular estragou e por isso não responde as mensagens. Pode ainda se sentir culpado e achar que fez algo errado que ocasionou o sumiço do outro.

Um tipo de ghosting intermitente também pode acontecer, o chamado Benching, que quer dizer que alguém te colocou no “banco”. Essa pessoa some do nada e do nada volta a falar com você. Como se você estivesse ali, literalmente, no banco, esperando por ela. E quando for conveniente para essa pessoa, ela volta a te procurar. É comum a pessoa que pratica o benching reaparecer e marcar alguns encontros com você, mas sempre desmarca, com desculpas bem elaboradas, se colocando sempre como uma pessoa muito ocupada e sem tempo pra você.

Olhando pelo lado de quem pratica o ghosting ou o benching, alguns aspectos podem ser considerados. A dificuldade em terminar relacionamentos e estabelecer uma conversa sincera com o outro pode levar a esses comportamentos. Essas pessoas costumam achar que é melhor desaparecerem do que dizer ao outro que elas não querem continuar o relacionamento e quais são os motivos para terminarem. Pensam que, agindo dessa forma, irão magoar menos o outro. Mas o que ocorre é justamente o contrário. Entender porque o relacionamento está terminando, ouvir isso do outro, traz muito menos sofrimento e sintomas de ansiedade.

Já o benching é um comportamento típico de quem não tem certeza que quer terminar esse relacionamento e deixa o outro ali, como uma segunda opção, caso outros relacionamentos não dêem certo. Esse vai e vem e as incertezas se o outro volta ou não, geram muito sofrimento.

O ideal em qualquer relacionamento, seja ele presencial ou virtual é ter responsabilidade afetiva e saber começar e terminar relacionamentos, comunicando-se de forma assertiva.

Se a sua intenção não é causar sofrimento ao outro, evite “dar um vácuo” e converse abertamente sobre o que você está sentindo e deseja para esse relacionamento. Um crush pode se tornar um grande amigo.

Aprenda a terminar seus relacionamentos! Términos fazem parte da vida e abrem portas para novos recomeços.

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