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14 são presos em operação contra quadrilha suspeita de fraudar licitações em SP e ter elo com PCC

Segundo as investigações o grupo tem contratos vigentes de mais de R$ 200 Mi

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O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Guarulhos, do MPSP (Ministério Público do Estado de São Paulo), faz na manhã desta terça-feira, 16, uma operação para prender membros de uma quadrilha investigados por suspeita de fraudar licitações em diversas regiões do estado. O grupo tem elos com o PCC (Primeiro Comando da Capital), segundo a promotoria.

No total, são 15 mandados de prisões temporárias, sendo que 14 já foram cumpridos. Entre os detidos estão três vereadores de cidades do Alto Tietê e litoral paulista, além de outros agentes públicos.

A investigação aponta que o grupo tem contratos vigentes que somam mais de R$ 200 milhões nos últimos anos.

São cumpridos 42 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 5ª Vara Criminal de Guarulhos.

De acordo com a investigação, empresas atuavam de forma recorrente para frustrar a competição nos processos de contratação de mão de obra terceirizada em diversas prefeituras e Câmaras Municipais do estado. Os contratos sob investigação foram firmados nas cidades de Guarulhos, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Arujá, Santa Isabel, Poá, Jaguariúna, Guarujá, Sorocaba, Buri, Itatiba. Há suspeitas em outros municípios também.

A operação, segundo o Gaeco, além de envolver funcionários de prefeituras e câmaras municipais, também identificou empresários e advogados.

As empresas forjavam competição e fraude em licitações de prefeituras e câmaras, para conseguir contratos de facilites, em especial, limpeza e postos de fiscalização nesses locais.

"E fazia isso seja com conluio entre as empresas, seja com corrupção de agentes públicos. Não bastasse isso, algumas dessas empresas têm vínculos, seja por serem associadas ou efetivamente os donos terem envolvimento com o Primeiro Comando da Capital, que acaba decidindo também a sorte de alguns contratos", afirma o Gaeco.

De acordo com os promotores, havia simulação de concorrência com empresas parceiras ou de um mesmo grupo econômico.

"Também há indicativos da corrupção sistemática de agentes públicos e políticos (secretários, procuradores, presidentes de Câmara de Vereadores, pregoeiros etc.) e diversos outros delitos - como fraudes documentais e lavagem de dinheiro. As empresas do grupo têm contratos públicos que somam mais de R$ 200 milhões nos últimos anos. Alguns deles atendiam a interesse do PCC, que tinha influência na escolha dos ganhadores de licitações e reparte os valores ilicitamente auferidos", afirmam.

Participam da operação 27 promotores, 22 servidores e 200 policiais militares.

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