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Número de mortos por Covid-19 será mais que o dobro no segundo semestre

Segundo dados de uma projeção realizada por meio de um modelo matemático, o número de mortos da pandemia poderá mais que dobrar no segundo semestre se a vacinação continuar no ritmo atual no Brasil.

O modelo que foi testado com sucesso na primeira onda em São Paulo e teve a metodologia publicada na revista Nature Communications com ampla repercussão. Seus dados apontam que 150 mil mortes podem ser evitadas se 50% da população brasileira for vacinada contra a Covid-19 até junho.

Segundo o MonitoraCovid-19/Fiocruz, até agora apenas 2,6% da população receberam as duas doses da vacina, o que significa que levará cerca de quatro anos e meio até que toda a população seja imunizada.

No entanto a Covid-19 continuará provocando uma nova matança com recordes diários levando em conta a propagação da variante P1 da Sars-CoV-2, considerada mais transmissível.

De acordo com o estudo o país terá uma média móvel de 2.900 mortes por dia no final de abril e, até outubro serão 640 mil brasileiros mortos pela doença se o ritmo atual for mantido.

Foram simulados 40 mil possíveis cenários pelo modelo empregado, calculados a partir da combinação de 29 variáveis baseados em estudos que sugerem a P1 como 75% mais transmissível:

  • Taxa de transmissão;
  • Ritmo de vacinação e taxa de distanciamento social;
  • Indicadores de mobilidade;
  • Dados oficiais que incluem números de mortos e infectados.

"O modelo é bastante consistente, parte de uma metodologia sólida e reforça que é preciso vacinar muito e depressa. Ele indica tendências. E a tendência é um alento, se houver vacina. Mas, caso contrário, antevemos um cenário de tragédia ainda maior", afirma Neto, especialista em modelos epidemiológicos.

"O modelo é bastante consistente, parte de uma metodologia sólida e reforça que é preciso vacinar muito e depressa. Ele indica tendências. E a tendência é um alento, se houver vacina. Mas, caso contrário, antevemos um cenário de tragédia ainda maior", afirma Neto, especialista em modelos epidemiológicos.

Segundo o especialista, apenas um lockdown nacional e rígido poderia ajudar a deter o avanço da pandemia: "atravessamos o pior momento até agora . Mas as coisas podem melhorar ou se agravar muito de acordo com as decisões tomadas pelas autoridades de saúde. O que fica claro em todos os cenários é que a vacinação salva, mas precisa ser rápida"

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