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Reflexos da Inconfidência Mineira em Goiás

A Inconfidência Mineira ficou conhecida como revolta de caráter separatista, que envolvia a capitania de Minas Gerais. A conjuração envolveu elites mineiras no final do século XVIII, mas foi descoberta pela Coroa portuguesa. Além disso, Minas Gerais era a capitania mais rica do Brasil, em razão da extração de ouro e diamantes.

Mesmo com atenção redobrada da Coroa, a relação entre colonos e Portugal apresentou desgastes. Uma das motivações da revolta foram os altos impostos cobrados pela Coroa. Além disso, o valor das taxas era usado para financiar a reconstrução de Lisboa após terremoto em 1755.

No entanto, o estopim para a separação foi um dos elementos essenciais para a Inconfidência e a Independência do Brasil. Neste sentido, intelectuais e a elite como um todo buscavam implementar o sistema de governo republicano. Além disso, buscavam definir uma nova bandeira para o país: um triângulo vermelho em fundo branco. Junto da inscrição em latim "Libertas Quae Sera Tamen (Liberdade ainda que tardia)".

Ouro e Inconfidência em Goiás

O estado de Goiás teve relação direta com a Inconfidência e a Coroa portuguesa por conta da mineração de ouro. As primeiras expedições para o solo goiano aconteceram ainda no século XVI, guiadas pelos bandeirantes paulistas Domingos Luis Grou e Antônio Macedo em direção à Meia Ponte. Por outro lado, estes mesmos exploradores direcionaram-se à região central do país após perderem a Guerra dos Emboadas.

Além disso, a passagem pela tribo indígena Goyá foi marcada por ameaças assim que viram mulheres ornadas com pequenas lascas de ouro. Deste modo, usaram cuia, aguardente, fogo e espingardas como instrumento de intimidação. Ao incendiarem a "água", os índios foram obrigados a revelar o local da mina de ouro. Deste modo, os bandeirantes foram denominados Anhanguera, que em tupi, significa diabo-velho ou espírito maligno.

Após a decadência do ouro, Goiás passou a focar na agricultura e no comércio. O Comendador Joaquim Alves de Oliveira foi o principal investidor da modalidade ao construir engenho e iniciar a plantação de mandioca, cana de açúcar e algodão.

No entanto, o estado de Goiás veio a ficar a par da Independência após dois meses de acontecido. Isto deu-se ao fato de a província estar distante dos grandes centros e da capital, que ainda era situada no sudeste brasileiro.

De quem é o pequi?

O início da culinária goiana teve grande influência de exploradores, garimpeiros e indígenas da região central durante a busca do ouro. Deste modo, além da obtenção e preparação da comida ser um desafio, diversos pratos eram feitos a partir de coisas fáceis de se achar e cozinhar.

Sendo assim, mandioca, milho e outras verduras, além do pequi, influenciaram no que conhecemos hoje. Por outro lado, Goiás e Minas ainda seguem no embate de quem é o pequi. Além disso, foi proposto por parlamentares mineiros a aprovação do projeto de torna Montes Claros a Capital do Pequi. Por meio de postagem em redes sociais, o governador Ronaldo Caiado diz que o fruto é símbolo da culinária goiana e faz parte de sua cultura.

“Já vamos fazer um acordo aqui: a gente deixa o "trem" e o pão de queijo pra vocês, mineiros, e em troca ninguém mexe no nosso pequi. Combinado?”, ironizou o governador.

Além disso, o fruto-símbolo do cerrado garante o sustento de milhares de famílias em pequenos municípios.

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