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''Isso parece uma ditadura'', diz homem preso acusado de jogar ovos em bolsonaristas

O analista de sistemas Felipe Cesário foi preso dentro de sua casa, em Belo Horizonte (MG),no último sábado (1), acusado de de jogar ovos em manifestantes bolsonaristas que se aglomeravam em ato de apoio ao presidente Jair Bolsonaro.

Felipe passou a tarde prestando depoimento à polícia na Central de Flagrantes, na Região Leste de Belo Horizonte. Após ser liberado, o analista de sistema reclamou da situação: ''isso parece uma ditadura''.

No fim da manhã do último sábado (1), policiais militares entraram no prédio em que ele mora, na região central  da cidade, pegaram elevador, apertaram a campainha do apartamento e o prenderam em flagrante pelos crimes de lançamento de objetos, colocação perigosa, injúria e ameaças.

Os policiais não tinham mandado de prisão e se basearam apenas em depoimentos de testemunhas, justamente os bolsonaristas que estavam na manifestação.

Felipe saiu algemado de sua casa e levado no camburão até a delegacia, onde prestou depoimentos. ''Eu não arremessei nenhum objeto. Fui até a janela e vi a manifestação . Vi que muita gente olhava para o alto e apontava para mim. Eu gritei ' fora, Bolsonaro '. Pouco tempo depois, minha campainha tocou", relata sobre a chegada da polícia e os momentos antes a sua prisão.

Além dos policiais militares, o deputado estadual Bartô (Novo) e uma outra pessoa que o acompanhava, também apareceram na porta de Felipe, que conta que essa outra pessoa fez imagens de seu apartamento sem autorização, sem ser impedida pelos policiais.

Abuso de poder

O advogado do analista de sistemas, Rafael Pitzer, diz que a prisão foi arbitrária e ouve abuso de poder, sendo a detenção uma ação política, e não de prisão em flagrante.

Em entrevista ao site G1, o deputado Bartô disse que os manifestantes foram "surpreendidos com atos de agressão" e que "ovos, sacos de água, fezes e outros objetos foram atirados de um prédio" localizado na avenida Afonso Pena, onde o ato se concentrava.

Segundo ele, a polícia foi acionada para "garantir a integridade física e segurança das pessoas" e os militares adentraram ao prédio para identificar os suspeitos dos "atos criminosos". Ele nega a invasão ao apartamento de Felipe.

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