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UFRJ pode fechar por não ter recursos

Sem recursos, uma das principais instituições do país, UFRJ, pode fechar em julho por incapacidade de realizar o pagamento das despesas que a mantém.

Na última semana, a reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) informou o atual cenário da situação financeira da instituição. Com a diminuição sequencial de cortes feito pelo Governo Federal desde 2012 a Universidade enfrente muitos desafios para continuar funcionando.

O documento escrito por Denise Pires de Carvalho, e pelo vice-reitor Carlos Frederico Leão Rocha revela os riscos da instituição fechar as portas em junho. De acordo com a UFRJ, no último dia 29, o governo ainda bloqueou R$ 41,1 milhões do orçamento.

Desde 2012 a redução do orçamento da universidade foi de mais de R$ 470 milhões. O corte de verbas tem sido nacional, o que enquadra outras instituições, dificultando além da manutenção física, também o desenvolvimento de pesquisas cientificas.

Gráfico do UFRJ:

  • 2012 – R$ 773 milhões
  • 2013 – R$ 735 milhões
  • 2014 – R$ 611 milhões
  • 2015 – R$ 606 milhões
  • 2016 – R$ 541 milhões
  • 2017 – R$ 487 milhões
  • 2018 – R$ 430 milhões
  • 2019 – R$ 389 milhões
  • 2020 – R$ 306 milhões
  • 2021 – R$ 299 milhões

Segundo o artigo divulgado os R$ 299 milhões não estão garantidos em sua totalidade ao UFRJ. Somente R$ 146,9 milhões foram liberados. Desse valor R$ 65,2 milhões já foram utilizados, ficando apenas R$ 81,7 milhões para a instituição.

A outra parte, R$ 152,2 milhões, ainda aguardam aprovação do Congresso Nacional. Além disso, houve o bloqueio dos R$ 41,1 milhões, se a suplementação orçamentária for aprovada, a UERJ só receberá R$ 111,1 milhões, fechando um orçamento de R$ 258 milhões esse ano.

“É uma situação muito temerária para o nosso funcionamento. Nós temos poucos meses de fôlego, cerca de dois ou três, com base no orçamento livre. E mesmo com o orçamento condicionado vindo a ser aprovado, diante desse bloqueio a gente tem orçamento, no máximo, até o mês de agosto ou setembro. É uma situação muito crítica”, afirmou o pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças da UFRJ, Eduardo Raupp.

A reitora ainda comentou que no atual cenário de pandemia, esperava que houvesse aumento das verbas fornecidas às instituições federais e não o corte. Já que os centros de pesquisas das universidades têm sido fundamental para o enfrentamento da pandemia. Duas vacinas contra a Covid-19 estão sendo desenvolvidas e estão em fases de teste. Com os cortes todo o desenvolvimento pré-clínicos estão comprometidos.

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