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Homem ficou com vidro no pé por 5 meses após acidente doméstico

Marcos Roberto da Silva de 46 anos descobriu, nesta semana, que estava com um pedaço de vidro alojado no pé direito há cinco meses, quando se machucou em um acidente doméstico. O morador de Santos, passou por um procedimento cirúrgico na última quarta-feira, 4, para a retirada do caco.

O acidente aconteceu no dia 24 de fevereiro, quando ele decidiu instalar uma prateleira na cozinha de seu apartamento. Ao subir em um banquinho para ter altura suficiente, Marcos se desequilibrou e caiu com os pés em cima de um copo de vidro quebrado.

O homem sofreu dois cortes no calcanhar do pé direito e precisou de sete pontos, feitos por uma equipe da UPA Zona Leste. De acordo com a esposa dele, Ana Ayres Silva, Marcos mal conseguia colocar o pé no chão por conta da dor, mas acreditava que fazia parte da recuperação. "Não suspeitamos que tivesse vidro lá dentro", contou.

Com o passar dos meses Marcos passou a mancar. "Ele ficou mais de cinco meses mancando por causa desse vidro [alojado no calcanhar]. Perdeu serviços de pedreiro por causa disso. Chorava a noite inteira com muitas dores. Isso tudo poderia ter sido evitado", afirma Ana Ayres.

O casal, então, voltou à UPA para uma radiografia no calcanhar, que seguia com a ferida aberta e o exame apontou um corpo estranho mas, segundo Ana, a médica que o atendeu disse que aquilo "não passava de um osso calcificado" e que eles não deveriam se preocupar. Na última sexta-feira, 30, eles voltaram à unidade de saúde e desta vez o caco de vidro foi encontrado.

A UPA não faz procedimentos cirúrgicos, por isso, Marcos precisou aguardar na unidade de saúde por uma transferência para a Santa Casa de Santos, onde ele deveria ser internado para a remoção do pedaço de vidro do pé. Porém a internação foi negada. "A médica disse que não era caso de internação", diz a esposa de Marcos.

Na UPA da Zona Leste, ofereceram o atendimento no Ambulatório de Especialidades (Ambesp), onde finalmente conseguiram marcar o procedimento cirúrgico. "Ficamos mais de 12 horas esperando para chamarem um médico e conseguirem marcar a cirurgia", afirma.

O procedimento cirúrgico foi realizado na manhã da última quarta-feira, 04. Ele precisou receber pontos no mesmo local do ferimento, foi medicado e liberado em seguida.

Em nota a Santa Casa de Santos, disse que, "após criteriosa avaliação clínica, foi constatado que não se tratava de caso de internação, mas sim de atendimento ambulatorial", porque o acidente havia ocorrido há meses. "Sendo assim, o paciente foi redirecionado para a unidade de saúde de origem, para posterior atendimento ambulatorial".

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