70% dos leitos de UTI são ocupados por pacientes com coronavírus no Rj
Daniela Melo
Publicado em 13 de abril de 2020 às 11:30 | Atualizado há 4 meses
O Estado do Rio de Janeiro tem 70% dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) destinados a pacientes com o quadro mais grave do coronavírus.
São 170 mortes no Rj e outros 115 óbitos estão sob investigação das autoridades. São mais de 2,8 mil casos da doença confirmados. O estado teve 15 novas mortes por Covid-19 identificadas nas últimas 24 horas.
Já são 1.996 casos confirmados na capital do estado. A doença chegou a 143 bairros da cidade, que tem 263 casos recuperados.
A unidade é considerada referência no tratamento do coronavírus. Na rede municipal, 117 pessoas estão internadas no Hospital Ronaldo Gazolla, destas 44 estão em leitos de terapia intensiva.
Em número de casos confirmados está em segundo, com 120 registros. Em primeiro lugar está a Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, com 166 casos da doença. Copacabana, na Zona Sul, é o bairro da cidade com mais mortes, com nove casos.
A Barra da Tijuca, na Zona Norte do Rio, vem em segundo lugar, com sete mortes. Em terceiro está Ipanema, na Zona Sul, com 6 mortes por Covid-19.
Próximos meses
O ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta deu entrevista ao repórter Murilo Salviano, do Fantástico. De Goiânia, no Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, Mandetta falou sobre os meses que virão.
“A gente imagina que os meses de maio e junho serão os 60 dias mais duros para as cidades. A gente tem diferentes realidades. O Brasil, a gente não pode comparar com um país pequeno, como é a Espanha, como é a Itália, a Grécia, Macedônia e até a Inglaterra. Nós somos o próprio continente. Sabemos que serão dias duros. Seja conosco ou qualquer outra pessoa”, explicou o ministro.
Ele afirmou ainda que o número se trata totalmente da realidade.

“Primeiro, nós sabemos que esses números estão subestimados. Dentro do que a gente pensava lá no início, em fevereiro, fazendo simulações com outros países, fazendo adequações pro nosso clima, mais ou menos a gente sabia que chegaria na primeira quinzena de abril a aproximadamente com esses números. Sabemos também desde o início que fizemos a projeção que a segunda quinzena de abril seria a quinzena que aumentaríamos e que o mês de maio e junho seriam os meses de maior estresse pro nosso sistema de saúde”, diz Mandetta.
Com informações do G1