A justiça refém do Executivo
Redação DM
Publicado em 5 de outubro de 2015 às 22:35 | Atualizado há 10 anosInteressante observar como reagem as pessoas que têm interesse no governo. O desafeto Eduardo Cunha, presidente da Câmara, tem tido sua vida exposta na mídia. Fala-se na sua provável substituição por ter mentido. Há mais de 20 anos fala-se das contas de Paulo Maluf em paraísos fiscais e ele tem sido reeleito e sempre negou todas as acusações. Agora, com Eduardo Cunha, as denúncias caminham a passos largos. Por um lado, o governo tem todo interesse em que ele caia, mas é bom estarmos atentos. Lula e seu PT estão em todas as acusações e, no entanto, as acusações não prosperam. Tem-se a impressão de que a Justiça só reage com rapidez contra aqueles que estão contra o governo. E quando se trata de apurar denúncias do Executivo, a mesma justiça caminha a passos de tartaruga. Até hoje não se resolveu o caso das pedaladas de Dilma. A todo momento ela tem seus prazos prorrogados. Com isso ganha tempo. Podemos deduzir que a Justiça tem as suas preferências? Já não se fazem homens como Rui Barbosa. Sinto vergonha dos pseudos homens que têm o dever de decidir e não o fazem em nome do fisiologismo.
(Izabel Avallone, via e-mail)