Analistas precipitados

Se a sociedade brasileira está indignada de tanta incompetência demonstrada pela afastada presidente Dilma, na condução da nossa economia, me preocupa saber através do Estadão, que o resultado de um levantamento feito com 18 instituições financeiras e consultorias, é de que a lua de mel, ou o apoio dos analistas para com o governo interino Temer, será curto ou no máximo por seis meses.  Por serem analistas econômicos, como já fazem podem contribuir com criticas, e sugestões, mas, colocar um prazo para manter apoio é muita incoerência, e precipitação.  Mesmo porque, se o Temer, priorizou montar uma das mais competentes equipes econômicas de nossa história é porque esta preocupado não somente com o déficit das contas públicas, mas também com a recuperação e crescimento do nosso PIB.  Inclusive já anunciando medidas ousadas como do limite do teto de gastos com a inflação do mês anterior.   E com o evento do impeachment da Dilma em curso, o recesso parlamentar de julho e a própria interinidade pouco se poderia fazer.  Já que, dependendo também que as medidas apresentadas sejam ainda aprovadas pelo Congresso, estas não serão resolvidas num curtíssimo espaço de tempo.  Essas instituições financeiras e consultorias que participaram desta pesquisa melhor teriam feito se cobrassem das entidades empresariais do País, como exemplo a Fiesp, para que pressionassem os congressistas a debater e votar com celeridade as mediadas já anunciadas pela equipe econômica, incluindo também as reformas da Previdência, trabalhista, política, etc. E não colocar a faca no pescoço do Michel Temer.  Mesmo porque foram esses empresários que mamaram nas tetas dos governos Lula, e Dilma, pagando ou não até propina, atrás de todo tipo de benesses.   E deu no que deu… E bom lembrar também que, quando o presidente dos EUA, Barack Obama, assumiu seu primeiro mandato e teve que enfrentar os dissabores de uma economia em recessão, e profundo desemprego, levou quase seis anos para recuperar a economia. Mesmo tendo no Congresso como oposição apenas um partido como dos Republicanos, que assim mesmo fizeram de tudo para impedir o sucesso de Obama. Diferente no Brasil, que o Planalto, precisa enfrentar 32 partidos dentro de um Congresso, recheado de parlamentares corruptos, como indica a operação Lava Jato, e protegidos com a vergonha do foro privilegiado, e que não estão nada preocupados (além de seus bolsos…) com a situação quase que desesperadora da economia brasileira. Por esta razão é que esse recado destes que participaram desta pesquisa em questão é precipitada, incoerente e fora de prumo, ao exigir soluções de curto prazo que tampouco eles certamente teriam condições de resolver…

(Paulo Panossian, via e-mail – imagem salva)

 Renúncia fiscal para sediar Olimpíadas!

As Olimpíadas estão para o Brasil como aquele indivíduo que numa festança resolve beber de tudo, mesmo que depois leve meses ou anos com o fígado estuporado. Conforme a Unafisco, a renúncia fiscal proporcionada pelo governo para sediar as Olimpíadas no Brasil, só neste ano deixará de arrecadar a União R$ 2,9 bilhões. Isso dentro de um já alarmante déficit anual de R$ 170 bilhões. Depois de bem alisado o ego dos brasileiros, a conta virá e com certeza com mais desemprego ainda. E viva os megalomaníacos Lula, Cabral e Eduardo Paes, que tanta força fizeram para que o Brasil sediasse esse evento. Porque cabeça de vira-lata é assim mesmo. Come comida “estragada” e arrota caviar.

(Beatriz Campos, via e-mail)

Rafaela Silva

Enquanto aguardamos a saída do limbo político, que engessa principalmente a economia e o desenvolvimento do País, vamos prestigiar a Olimpíada. E foi com muita emoção que assistimos a vitória da brasileirinha do judô, primeira medalha de ouro. Rafaela Silva, militar da Marinha, que não se deixou abater por toda humilhação sofrida em 2012, focou no seu objetivo e provou que a condição humilde em que nasceu e viveu não é empecilho para o sucesso. Parabéns, Rafaela Silva!

(Aparecida Dileide Gaziolla, via e-mail)

É o Brasil!

Em depoimento ao Ministério Público, o ex-senador Luiz Estevão confirmou a responsabilidade pela reforma do bloco 5 do centro de Detenção Provisória da Papuda, onde cumpre pena. Fato no mínimo cômico se não fosse trágico, agravado pelo  descalabro de não existir registro oficial algum sobre a obra que durou mais de seis meses. O mais incrível, no entanto, foi a declaração do  nobre detido, dando conta de que assim procedera a fim de atender a um pedido do ex-ministro de Justiça Márcio Thomaz Bastos, falecido em 2014, que estaria preocupado com o destino dos seus clientes do “mensalão”. Diante do cenário explicitado, não dá para decidir entre rir, chorar ou emitir sons ininteligíveis acompanhados de movimentos convulsivos angustiados. É o Brasil, país não sério, segundo frase de De Gaulle ou de alguém próximo a ele.

(Paulo R. Gotaç, via e-mail)