Brasil

Balofos e vazios

Redação DM

Publicado em 8 de agosto de 2022 às 14:37 | Atualizado há 3 anos

Eu e mais alguns colegas, dedicados aos estudos sociais e filosóficos, vimos analisando com vivo interesse as tendências e projetos das pessoas. Notadamente aquelas camadas sociais de quem se espera alguma coisa, nem que sejam aqueles atributos, aperfeiçoamento e valores do próprio entorno onde vivem, comem, dormem, banham e buscam abrigo e proteção. Se não contribuem para melhora da sociedade como um todo, ao menos os círculos do próprio umbigo. Porque esta é uma realidade intrigante e digna de protesto e reprovação. Há muita gente boa, assim delas se dizem, que não cuidam bem nem da própria família, e delas, tais pessoas, se tornam sevandijas e comensais perpétuas. Arre maria!

Seria exigir demais de certos indivíduos. O que estaria fazendo tais e quejandos sujeitos no processo evolutivo de si mesmos? Em se concluindo tais análises e observações extraem-se merencórias e doridas inferências. Nosso grupo de estudo; somos feitos de médicos, filósofos, psicanalistas, juristas e sociólogos. Todos os participantes e pareceristas.

Algumas questões são fulcrais, nevrálgicas quando se estudam as tendências evolutivas alusivas aos ganhos culturais, ao refinamento pessoal, ao ofício profissional, o que as pessoas comunicam e trocam de atributos na construção e aprimoramento de si mesmas e de quem seja do convívio, notadamente parentes, cônjuges, irmãos, filhos, contatos sociais e corporativos.

Para começo de matéria é oportuno lembrar o tanto de truísmos, de platitudes, insensatezes, fatuidades e trivialidades que tomaram conta da máxima ocupação diuturna de muita gente graúda e graduada dos mais variados órgãos, agências reguladoras, tribunais de controle e mesmo dos domicílios nacionais. Gente que porta os mais variados diplomas, Administração de Empresas, Direito, Serviço Social, cargos comissionados e de confiança etc.

E dos diplomados e doutorais há muita coisa a se falar. Das tendências aos assentos na mediocridade. Mas, eis algumas pinceladas. Muitos são os sujeitos e sujeitas diplomados em Direito e Medicina, que uma vez recebidos os certificados, ocorre o fenômeno da refrigeração ou congelamento. Em se tratando de ascensão cultural, profissional e ética. São indivíduos que param no tempo e no espaço.

Muitos desses tais e quejandos fazem um esforço até intensivo em se colocar em alguma função rentável, via concurso público por exemplo. E ali naquela função, após um estágio e treinamento é aquela função exercida à la algoritmo ou tabela pode e não pode, do sim e não, do isto em marco assim, e aquilo eu preencho assado. Tipo palavras cruzadas. Tarefas que até um pé-rapado bem treinado faz com a mesma eficácia, ao modo de uma inteligência artificial.

Em relação à vida social, de entretenimento e comunicação de muitas dessas pessoas. Lembre-se bem, algumas até bem empregadas e bem pagas pelo que nada de profícuo fazem para o país e pelos familiares desvalidos. Estas referidas conclusões e apanhados são registros das próprias pessoas, porque elas todos os dias deixam marcas, escritas, fotos nas redes sociais. Atenção aos exemplos! Ouçam, leiam.

Fica a impressão de que sãos pessoas veganas e hortelãs, tamanhas e tantas são as abobrinhas, os lagartos e lagartas que elas professam e expressam. Alguns registros: A comunicação da chamada geração dopaminérgica; o suicídio dos neurônios no processo de apoptose celular. É demais, não? O sujeito deslumbrado no aniversário do filho aconchegado ao totó ou a sua lulu da Pomerânia. O bichinho no colo e aquela absoluta falta de cuidados higiênicos na tomada dos rega-bofes e refeições. E acreditem, elas postam e veiculam tudo isto como atributos, sucessos, êxitos, felizes.

O prato tal que era uma delícia nunca igual; a criança que falava tal frase; o sujeito que pedia uma bola de basquete e só podia ser de basquete; a oração milagrosa tal; a notícia inútil e fútil sobre a vacina da covid-19. Enfim, quantas platitudes, truísmos fúteis, banalidades, niilismo social e digital. Tanto reco-reco, blá blá blá. Quanto de vazio e fofuras tomaram conta da vida social das pessoas. Dá engulho só de ouvir! Arre! Coitadas das Marias.  

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