Brasil

Chuva intensa causa transtornos em Goiânia

DM Redação

Publicado em 24 de setembro de 2025 às 09:39 | Atualizado há 3 horas

A chuva que caiu em Goiânia entre a noite de terça-feira, 23, e a madrugada desta quarta-feira, 24, pegou moradores de surpresa pela força e pelos transtornos que provocou. Segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), em alguns pontos da cidade choveu mais de 70 milímetros em menos de 24 horas.

O maior volume foi na região do Detran, com 76,8 mm, seguido pelo Jardim Olinda (73,4 mm) e Jardim América (67,4 mm). Também houve índices altos no Perim (56 mm), Vila Brasília (52,4 mm) e Vila Pedroso (51 mm). Além disso, rajadas de vento de até 50 km/h derrubaram 32 árvores em diferentes regiões, de acordo com a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg).

As áreas mais atingidas foram o Centro, a região Sul e a Leste. Equipes da Comurg trabalharam durante toda a madrugada para retirar árvores, liberar ruas e limpar a lama em pontos como a Marginal Botafogo. “Estamos em regime diurno e noturno, sem previsão de conclusão, até que os danos sejam controlados e os transtornos minimizados para a população”, informou a companhia, em nota.

Estiagem ainda não terminou

Mesmo com a forte chuva, o gerente do Cimehgo, André Amorim, explicou que o período chuvoso ainda não começou.

“A média de chuva esperada para setembro é de 52,8 mm, e só nesta chuva já superamos esse valor em várias regiões da cidade. Mas isso não quer dizer que as chuvas regulares começaram. Ainda estamos no período de estiagem, que pode ter pancadas fortes ou tempestades isoladas. A partir de sexta-feira o tempo já deve ficar mais firme e, em outubro, aí sim teremos o início do período chuvoso”.

As primeiras chuvas do semestre já trouxeram de volta uma preocupação antiga em Goiânia: os alagamentos. A Defesa Civil mapeou 135 pontos de risco para o período chuvoso, que vai de novembro de 2024 a abril de 2025. Esses locais foram entregues à Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), que deve adotar medidas preventivas.

Mas a solução definitiva depende do Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU-GYN), assinado em 2023 com a UFG. O projeto, que já foi adiado duas vezes, agora só deve ser concluído em fevereiro de 2026. Até lá, a prefeitura aposta em medidas emergenciais, como a canalização do Córrego Cascavel e uma parceria com o aplicativo Waze para redirecionar motoristas em caso de alagamentos.

De acordo com o Cimehgo, a tendência é que a instabilidade perca força.

“O padrão que provocou a tempestade deve enfraquecer. Até o fim da semana, o tempo volta a ficar mais estável, com predomínio de sol. As chuvas regulares só devem se firmar em outubro, encerrando de vez o período seco”, reforça André Amorim.

Leia também

Siga o Diário da Manhã no Google Notícias e fique sempre por dentro

edição
do dia

Impresso do dia