Brasil

Crime brutal contra gari em BH tem novas revelações na investigação

Redação Online

Publicado em 13 de agosto de 2025 às 10:57 | Atualizado há 2 horas

O gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, foi assassinado durante um desentendimento de trânsito na manhã da última segunda-feira (11), no bairro Vista Alegre. A vítima, que trabalhava na coleta de lixo, interveio após o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, ameaçar a motorista do caminhão e disparar contra ele.

A Polícia Militar identificou o autor como diretor de negócios de uma rede de alimentos. Após o crime, Renê foi preso em flagrante em uma academia de luxo no bairro Estoril, horas depois do ocorrido, com base em imagens de câmeras, testemunhos e rastreamento do veículo BYD cinza o mesmo modelo usado no local do crime.

Testemunhas, incluindo garis que presenciaram o crime, relataram que Renê não queria esperar o caminhão passar, apesar de a via ser estreita e haver espaço para passagem, o que acirrou ainda mais a situação.

Renê foi autuado por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e por uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e também por ameaça contra a motorista do caminhão. As investigações avançam com análise de depoimentos, imagens e a abertura de decisão pela prisão preventiva.

Um ponto central da apuração é a origem da arma utilizada no crime uma pistola calibre .380. A polícia investiga se o armamento pertence à delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, esposa de Renê. Duas armas registradas em nome dela foram apreendidas: uma funcional e outra pessoal, que será periciada nos próximos dias para confirmar se foi a utilizada no homicídio.

Renê, por sua vez, apresentou um relato do que teria feito no dia do crime: afirmou ter ido ao trabalho em Betim, retornado para casa, saído para passear com os cães e depois se dirigido à academia. A Polícia Civil está confrontando essa versão com imagens de câmeras para confirmar sua veracidade.

Durante o sepultamento, familiares e colegas de Laudemir prestaram homenagens com pedidos por justiça. A viúva e a enteada descreveram-no como dedicado e respeitado, e ressaltaram que ele morreu trabalhando.

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