Crise do metanol: sindicato alerta bares e restaurantes em Goiás

O Sindibares Goiânia enviou um comunicado urgente a bares, restaurantes, hotéis e distribuidores de bebidas alcoólicas em Goiás. A medida vem após casos graves de intoxicação por metanol registrados em São Paulo, com cinco mortes confirmadas e sete investigações em andamento, ao incluir relatos de perda de visão.

Newton Emerson Pereira, presidente do sindicato, destacou a necessidade de prevenir que tragédias semelhantes ocorram no estado.

O sindicato orienta os estabelecimentos a comprarem apenas de fornecedores formais, conferirem notas fiscais, verificarem lotes, marcas, teor alcoólico e registro no Mapa (Ministério da Agricultura) .

Emerson alertou: “Produtos de vendedores informais ou preços muito abaixo do mercado aumentam risco de adulteração”. O sindicato recomenda atenção a sinais como odor forte, rótulos desalinhados, vidro irregular e relatos de tontura, náusea ou dor de cabeça. Produtos suspeitos devem ser isolados e autoridades acionadas imediatamente.

Segundo Newton Emerson, a prevenção depende da cooperação de bares e restaurantes. “Seguindo essas orientações, os estabelecimentos protegem clientes, funcionários e a própria reputação do negócio”, afirmou. O Sindibares reforça a importância de procedimentos padronizados, treinamento de equipes e verificação de fornecedores para impedir a ação de criminosos.

A Polícia Federal abriu inquérito a pedido do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para investigar a distribuição interestadual de bebidas adulteradas com metanol.

Segundo Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, o inquérito avalia a participação do Primeiro Comando da Capital (PCC) e possíveis conexões com operações recentes no Paraná e São Paulo, ligadas à importação de metanol e cadeia de combustíveis.

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