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"Delegado da Cunha" se torna réu por agressão à ex-companheira

Betina afirmou a Justiça que o ex tentou sufocá-la e que bateu sua cabeça contra parede. O deputado alega problemas psiquiátricos e espirituais para a violência

— Foto: Reprodução: Redes Sociais — Foto: Reprodução: Redes Sociais

O deputado federal Carlos Alberto da Cunha, de 46 anos, conhecido como "Delegado da Cunha", se tornou réu por agressão contra a ex-companheira Betina Grusiecki, 28, no dia 14 de outubro de 2023. A informação é da reportagem do Fantástico exibida no domingo,17.

No vídeo obtido com exclusividade para o programa e gravado por Betina, o deputado insulta e ameaça a mulher. Betina afirmou a Justiça que o ex-companheiro tentou sufocá-la e batido sua cabeça contra parede.

Carlos, foi eleito deputado federal por São Paulo com mais de 180 mil votos, ele entrou para disputa após ficar conhecido através da internet pelos vídeos de operações policiais que fazia.

Carlos Alberto da Cunha, de 46 anos, foi eleito deputado federal por São Paulo com mais de 180 mil votos, depois de ficar conhecido na internet com vídeos de operações policiais.

De acordo com o Ministério Público, Cunha ameaçou e agrediu a mulher e inclusive teria causado danos materias

O delegado virou réu em outubro do ano passado numa ação por violência contra Betina Grusiecki, de 28 anos. Segundo o Ministério Público, ele ameaçou e agrediu a ex e cometeu também violência patrimonial contra ela.

O casal se conheceu em 2020 e moraram juntos por três anos. Para Justiça a vítima relatou como era tratada pelo ex durante todo período que estiveram juntos, contou sobre as discussões que eram frequentes com episódios de violência verbal e física.

Ameaças de morte

No dia 13 de outubro do ano passado, sexta-feira os dois começaram a discutir. Segundo Betina as agressões foram verbais, dentro do apartamento em que moravam no litoral paulista.

No dia seguinte, sábado, 14, dia do aniversário de Cunha, ele passou o dia fora com os filhos do primeiro relacionamento, voltando para casa embriagado. O vídeo que foi ao ar pelo Fantástico é da gravação de Betina neste dia, não havia sido divulgado ainda.

Nele o deputado agride a mulher com insultos e ameaça de morte. O rosto de Betina é visto, mas a maioria da gravação somente é possível ouvir o áudio.

Em outro momento o deputado aparece rapidamente mexendo na mochila da mulher. Para Justiça ele justificou que estava impedindo que ela levasse as maquiagem.

Logo após a agressão, Betina foi para a casa do pai. Da Cunha ainda danificou as roupas da ex-companheira e enviou em um saco plástico. Inclusive teria dito que mandou R$ 5 mil reais.

A família de Betina entrou com medida protetiva contra o deputado, tanto para ela quanto aos pais, devido ao assédio de Cunha, que ligava querendo propor acordos. A Justiça determinou então que ele entregasse as suas armas.

De acordo com a Secretária de Segurança Pública de São Paulo, o deputado está afastado das funções parlamentares e está respondendo por cinco procedimentos na Corregedoria, sem decisão ainda.

Nenhum dos envolvidos na reportagem deram entrevista na reportagem, mas o advogado do deputado, Eugenio Malavasi, falou ao Fantástico.

“Eu vou pedir a submissão desse vídeo a perícia. Porque esse vídeo não foi periciado [...] Não estou falando que é inverídico, mas não passou pelo crivo do Instituto de Criminalística, não foi submetido À perícia oficial" Eugenio Malavasi

e completou

"Dentro de um contexto. Se ele disse isso, foi dentro de um contexto de cólera, dentro de um contexto de briga. Nós somos homens. Quando digo homens, seres humanos. Seres humanos têm discussões de casais. Um fato isolado na vida do deputado não pode estar embrionariamente ligado com exercício do mandato de deputado federal, do deputado delegado da Cunha”, completou

Troca de acusações

Cunha negou que tivesse dado golpes contra mulher, mas foi contestado pelo laudo do IML que atestou que a Betina estava com diversas escoriações no couro cabeludo e lesões corporais leves.

O deputado também registrou um boletim de ocorrência onde alega que foi agredido com um secador. Para o MP, Betina agiu em legítima defesa.

Para a Justiça Cunha tentou explicar motivos psicológicos e até espirituais para o que aconteceu nos dias das agressões.

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