Desabamento de ponte no rio Tocantins gera tragédia ambiental e atinge 19 cidades

A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conectava os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), desabou no domingo (22/12), despejando 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas no rio Tocantins. A tragédia ocorreu enquanto três caminhões transportando os produtos químicos atravessavam a estrutura, que cedeu.

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), em articulação com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, iniciou a coleta de amostras de água em cinco pontos, desde a barragem da usina hidrelétrica de Estreito até Imperatriz (MA). A análise busca avaliar a extensão da contaminação causada pelo derramamento de substâncias tóxicas.

Os 19 municípios potencialmente impactados estão localizados a jusante do ponto do acidente. No Tocantins, as cidades afetadas incluem Aguiarnópolis, Carrasco Bonito, Cidelândia, Esperantina, Itaguatins, Maurilândia do Tocantins, Praia Norte, Sampaio, São Miguel do Tocantins, São Sebastião do Tocantins e Tocantinópolis. Já no Maranhão, os municípios afetados são Campestre do Maranhão, Estreito, Governador Edison Lobão, Imperatriz, Porto Franco, Ribamar Fiquene, São Pedro da Água Branca e Vila Nova dos Martírios.

Como medida preventiva, o Maranhão recomendou a suspensão da captação de água nos municípios banhados pelo rio até que se confirme a diluição dos contaminantes e a segurança para o consumo humano. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb/SP), referência nacional em análises de qualidade de água, foi acionada para colaborar com as investigações.

Além de monitorar a contaminação, a ANA calculou o tempo estimado para a chegada da pluma de contaminantes às cidades rio abaixo e compartilhou as informações com os órgãos responsáveis. Enquanto isso, autoridades estaduais e federais continuam avaliando os danos e planejando ações para mitigar os impactos ambientais e proteger a população.