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O dólar iniciou esta sexta-feira (3) com leve queda de 0,12%, cotado a R$ 6,155, em um dia marcado pela baixa liquidez devido ao feriado de Ano Novo. A Bolsa brasileira também recuava 0,60%, aos 119.403 pontos, refletindo as incertezas externas e domésticas.
A economia chinesa, maior consumidora global de commodities, permanece no centro das atenções dos investidores. O país enfrenta desafios relacionados a crises imobiliárias, alta dívida pública e consumo interno retraído. Embora medidas de estímulo, como o aumento no financiamento de títulos do tesouro ultralongos, busquem reverter esse quadro, há temores de desvalorização do iuan, o que impacta moedas emergentes como o real.
No cenário norte-americano, o mercado avalia possíveis impactos do novo governo Trump, com promessas de políticas inflacionárias, como aumento de tarifas e deportações em massa. Essas medidas podem influenciar a política monetária do Federal Reserve, que sinalizou um ritmo mais lento de cortes nos juros em 2025, atualmente na faixa de 4,25% a 4,5%.
No Brasil, as contas públicas seguem como o principal ponto de preocupação. O fluxo cambial negativo de US$ 15,918 bilhões em 2024, a terceira maior saída anual da história, reforça a pressão por ajustes fiscais. Apesar da aprovação de um pacote de contenção de gastos pelo Congresso Nacional, estimado inicialmente em R$ 70 bilhões, modificações reduziram o impacto em até R$ 20 bilhões.
Enquanto o governo busca equilibrar despesas com receitas pontuais, o mercado mantém expectativas por novas medidas para assegurar a sustentabilidade fiscal.
