Em vista a Goiânia, ministro Luiz Marinho conhece realidade da Região da 44
Redação Diário da Manhã
Publicado em 4 de julho de 2025 às 08:04 | Atualizado há 5 horas
Pela primeira vez na história, um ministro de estado conheceu de perto a realidade do segundo maior polo confeccionista e distribuidor de moda, a Região da 44, em Goiânia. Em visita à capital nesta quarta-feira (3/07), o titular do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz Marinho, esteve com diretores da Associação Empresarial da Região da Rua 44 (AER44), empresários locais e representantes da Feira Hippie e da Feira da Madrugada, em um encontro realizado no salão de eventos do Hotel Mega Moda. O evento também contou com a presença da deputada federal Adriana (PT) Accorsi e do deputado estadual Mauro Ruben ((PT).
A passagem do ministro pela Região da 44, foi seu último compromisso em Goiânia, e na oportunidade as lideranças empresariais apresentaram números do polo que comprovam a sua força econômica. “A Região da 44 é a ponta de uma cadeia produtiva que movimenta cerca de R$ 15 bilhões ao ano, emprega direta e indiretamente mais de 200 mil pessoas e recebe, em média, quase um milhão de visitantes ao mês. Podemos dizer, por exemplo e com orgulho, que produzimos aqui o melhor jeans do Brasil”, destacou Sérgio Naves, presidente da AER44.
O líder empresarial salientou ainda ao ministro e sua comitiva, que elea encontrariam na 44, “uma região de economia pujante, com uma história de mais de 20 anos de sucesso contada pelo trabalho de milhares de micro e pequenos empreendedores, uma região empreendedora formada em mais de 70% por mulheres”.
Na pauta do encontro entre as lideranças empresariais da 44 e o ministro Luiz Marinho estiveram a apresentação e detalhamento das seguintes reivindicações:
- implantação do Programa Nacional de Qualificação Profissional da Região da 44.
- criação do Centro de Apoio ao Trabalhador e ao Microempreendedor (CAT-44), que seria um polo fixo para que o Ministério do Trabalho e a Superintendência Regional do Trabalho ofereçam vários serviços como orientação trabalhista e previdenciária, formalização de MEIs, intermediação de mão de obra e acesso a programas federais de apoio ao trabalhador;
- ampliação de Programas de Microcrédito para pequenos comerciantes e feirantes da região, priorizando mulheres, juventude e comunidades tradicionais;
- implantação de um Projeto Piloto de Proteção Social para Trabalhadores Informais, com a criação de um modelo pioneiro de registro simplificado que permita aos ambulantes e autônomos o acesso a benefícios como auxílio-doença, aposentadoria e licença maternidade,
- recursos federais para a requalificação da Praça do Trabalhador e promoção nacional da produção local.
Demandas e possibilidades
O ministro Luiz Marinho agradeceu a calorosa receptividade e se disse impressionado com os números da Reda 44, e logo em seguida teceu alguns comentários sobre as reivindicações apresentadas pela AER44. Uma delas em específico, a que trata da solicitação de recursos federais para requalificação da Praça do Trabalhador, onde funciona a Feira Hippie, o ministro explicou que haveria uma dificuldade devido à atual dificuldade orçamentária do governo federal para investimentos, com uma nova dinâmica de política de emendas parlamentares, que segundo o ministro, dificulta a capacidade do governo de fazer investimentos estruturais e estratégicos. “Uma dica é que a associação busque, quem sabe, uma emenda de bancada. E o ministério, no que for possível, pode intermediar, ou pedir ao Ministro de Cidades que talvez seja a pasta mais apropriada” sugeriu o ministro.
Depois de sua fala, o ministro Luiz Marinho passou a palavra para o secretário-substituto de Qualificação Emprego e Renda do MTE, Henrique Aquino, que respondeu pontualmente às reivindicações apresentadas pela AER44. O auxiliar do ministro explicou que todas as demais reivindicações podem sim ser atendidas, por meio de programas e fundos temáticos que o MTE já possui. “É possível atender a todas essas demandas, mesmo que não diretamente pelo Ministério, por meio de valorosas parcerias que temos com entes como Senai, Senac, Sebrae e BNDS [Banco Nacional de Desenvolvimento Nacional]. E para acesso a programas e fundos específicos, dependeria apenas da elaboração de projetos com detalhamento maior dessas demandas aqui apresentadas”, escreveu Henrique Aquino.