Emendas são para beneficiar o povo
Redação DM
Publicado em 2 de março de 2018 às 00:31 | Atualizado há 8 anosTidas como uma das mais importantes formas democráticas de alocação de recursos do orçamento da união, as emendas parlamentares se constituem uma fundamental ferramenta para levar às comunidades recursos que vão subsidiar projetos que efetivamente favoreçam à população das cidades brasileiras.
Não é meu interesse, neste artigo, discutir sobre as questões políticas que, inevitavelmente, cercam as emendas parlamentares, porquanto, durante os meus dois mandatos como deputada federal, nunca politizei essa ferramenta que tinha a meu dispor para ajudar a população.
Perdi as contas de quantos projetos ajudei a viabilizar com a propositura de emendas parlamentares, que na outra ponta atenderam demandas que permitiram melhorar a vida de muitos brasileiros, principalmente nas cidades do meu estado de Goiás.
Recentemente, estive em Inhumas, cidade a 40 km de Goiânia, onde, por iniciativa da presidente da Câmara Municipal, vereadora Virení Vila Verde, fui honrada com o título de cidadã inhumense. O projeto que me concedeu tamanha honraria foi votado na Casa e aprovado por unanimidade.
Entre os motivos que a nobre vereadora elencou para justificar o título a mim conferido estava o de relevantes serviços prestados à cidade de Inhumas. Na solenidade de outorga daquele importante título, comovida, ouvi uma série de discursos de autoridades locais e de municípios vizinhos, de companheiros de partido e de vereadores da cidade, os quais enalteceram as contribuições que eu havia dado àquela comunidade e que teriam mudado a qualidade de vida dos moradores de Inhumas.
“Se hoje podemos andar sobre um asfalto lisinho no centro de Inhumas, devemos isso a senhora, Dona Íris”, disse o ex-prefeito da cidade, Dioji Ikeda, lembrando de uma das emendas que destinei aquele município quando era deputada federal. Esse reconhecimento do jovem político inhumense é apenas mais uma prova de que nunca partidarizei as emendas parlamentares sob a minha responsabilidade.
Sempre entendi o cumprimento das minhas atribuições parlamentares primeiramente como uma forma de melhorar a vida das pessoas e jamais como uma condição para barganhar apoios ou me projetar como agente meramente política. O interesse público sempre esteve acima de toda e qualquer pretensão pessoal e jamais usei essa ferramenta como moeda de troca para qualquer tipo de privilégio.
Vários foram os municípios que receberam minhas emendas, seja na área da infraestrutura, da saúde, do bem estar-social e até da educação. Como aqueles quase R$ 2 milhões que destinei, através de emendas, ao município de Inhumas, outros tantos beneficiaram uma infinidade de pessoas espalhadas pelos municípios goianos. Jamais fiz distinção e independentemente se o prefeito era ou não do meu partido, estando o projeto em conformidade e o município apto a firmar o convênio, não me furtava em viabilizar os recursos.
As palavras sinceras das lideranças inhumenses, que souberam reconhecer o meu trabalho e a minha preocupação com o bem estar social de toda a cidade, me deram a certeza de que valeu à pena cada ação no sentido de atender às reivindicações que a mim chegavam por meio de prefeitos e lideranças de todas as matizes, mas cujo resultado final sempre teve o objetivo de beneficiar um só interessado: o povo.
Naquela solenidade em Inhumas, prestigiada por uma grande quantidade de pessoas do povo, reforçou-me a convicção de que para qualquer político, mais importante do que o cargo que ocupa ou venha a ocupar, é ter a certeza de que ajudou a melhorar a vida das pessoas. O reconhecimento, a liberdade de andar no meio do povo e os aplausos em praça pública são apenas consequências do dever cumprido, do dever maior, que é o de fazer o bem. Nesse propósito pautei os meus mais de 50 anos de vida pública, graças a Deus!
(Iris de Araújo, primeira-dama de Goiânia e presidente da Fundação Ulysses Guimarães em Goiás)