Empresa francesa cria sistema de iluminação com bactérias

A empresa francesa Glowee, desenvolveu um sistema de iluminação que usa bactérias geneticamente modificadas para  se tornarem “brilhantes”. O sistema não utiliza energia e foi desenvolvido para diminuir“poluição luminosa nas cidades” e amenizar a emissão de gás CO2 na atmosfera.

As bactérias são usadas para iluminar espaços considerados públicos, como, vitrines de lojas, fachadas de prédio, monumentos, além também o mobiliário urbano, constituido por placas de sinalização e pontos de ônibus.

Em entrevista a BBC Brasil, a cofundadora da empresa, Sandra Rey, afirmou que a idéia de criar o sistema luminoso surgiu de um documentário sobre peixes das profundezas marinhas, responsáveis por produzir a própria fonte de luz.

Para produzir a iluminação. a empresa utiliza a bioluminescência, uma emissão de luz  feita por seres vivos, como alguns tipos de lulas, resultante de uma reação química provocada por um gene.

Esse gene é retirado das lulas e colocado nas bactérias. Elas são conservadas em uma solução com nutrientes e açúcar, para se multiplicar, e depois são colocadas em uma espécie de “lâmpada”, invólucros de resina orgânica. Esses invólucros podem ter várias formas, além de serem adesivos, possibilitando fixá-los à superfície que deseja-se iluminar.

No entanto, segundo Rey, a vida útil do sistema de iluminação é de apenas três horas, por isso, sua utilização se limita a instalações e eventos efêmeros, como festas, por exemplo.

Segundo a Glowee, o sistema passará a ser utilizado em vitrines  de lojas na França a partir de 2017. Por não utilizar energia elétrica, sua utilização não desrespeitará a lei que impede a iluminação de butiques e escritórios durante a noite, vigente no país desde 2013.

Esta medida foi implantada pelo governo francês  com o objetivo de reduzir o consumo de energia e a emissão de gás carbônico, com exceção apenas para as cidades de forte atividade turistica e cultural, durante a época de festas.