Esquerda vai às ruas no 07 de Setembro contra anistia, Bolsonaro, Trump e Tarcísio
DM Redação
Publicado em 7 de setembro de 2025 às 21:14 | Atualizado há 4 horas
Os atos organizados pela esquerda no 07 de Setembro reuniram milhares de pessoas em capitais brasileiras. Em São Paulo, bonecos infláveis representaram Donald Trump como “Tio Sam” e Jair Bolsonaro com roupas de presidiário. A manifestação teve como foco o repúdio à anistia, a críticas ao governador Tarcísio de Freitas e ataques diretos ao ex-presidente.
Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vestiram bonés com o lema “o Brasil é dos brasileiros”. O discurso em favor da soberania foi intensificado como reação às tarifas impostas por Trump contra setores da economia nacional. O governo federal adotou os temas “Brasil dos Brasileiros”, “Brasil do Futuro” e a COP30 para marcar a celebração.
Na Praça da República, em São Paulo, 8,8 mil pessoas se reuniram, segundo monitoramento realizado pelo Cebrap e pela ONG More in Common com drones e inteligência artificial. Embora o vermelho predominasse, também havia bandeiras do Brasil e pessoas de verde e amarelo, numa tentativa de dissociar as cores do bolsonarismo.
O deputado Antonio Donato (PT) chamou Tarcísio de “canalha” por articular a proposta de anistia. Guilherme Boulos (PSOL) afirmou que o projeto pode até avançar na Câmara, mas não tem chances no Senado. Cartazes defendiam “Brasil soberano”, o fim da escala 6×1 e a taxação dos super-ricos.
Em Salvador, manifestantes exibiram boneco de Bolsonaro atrás das grades, ao som de música exaltando o ministro Alexandre de Moraes. Na Bahia, o governador Jerônimo Rodrigues usou boné com o lema “o Brasil é dos brasileiros”. No Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra reforçou o protagonismo da transposição do São Francisco. Em Florianópolis, o lema foi “soberania não se negocia”.
Na noite anterior, em pronunciamento nacional, Lula destacou: “Não seremos novamente colônia de ninguém. O Brasil tem um único dono: o povo brasileiro.” O presidente também criticou Trump e reforçou a defesa da soberania diante de sanções e sobretaxas impostas pelos EUA.
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