Brasil

Fungo descoberto no Pantanal pode ajudar a recuperar solos

Raquel Freitas

Publicado em 3 de abril de 2023 às 14:32 | Atualizado há 5 meses

 


		Fungo descoberto no Pantanal pode ajudar a recuperar solos

Foto: Reprodução/ G1.

Foto: Reprodução/ G1


 

Pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) descobriram um novo tipo de fungo altamente resistente a mercúrio, que poderão ajudar a reparar na contaminação dos solos.

De acordo com Jaqueline Senabio, doutoranda do programa de Pós-graduação em Rede em Biotecnologia e Biodiversidade(PPRBB), informou que havia um estudo em andamento quando se deparou com esse novo tipo  de  os mecanismos que os fungos utilizam para enfrentar o mercúrio e reparar o solo contaminado.

Durante a pesquisa, Jaqueline utilizou um grupo de fungos pertencentes ao laboratório da faculdade , onde há uma caixa com diversos tubos plásticos onde cada um possui um microorganismo vivo e armazenado em congelamento. 

Entre todos os tubos, havia um cuja identificação não era similar as demais espécies, o que gerou um aprofundamento na sua pesquisa. A pesquisadora selecionou os fungos “endofíticos” que são fungos que se desenvolvem dentro de plantas, estabelecendo um vínculo mútuo onde fungo e planta se favorecem com a união. Em homenagem ao Pantanal ,o fungo recebeu o nome de Pseudomonodictys pantanalensis.

A pesquisadora precisou da ajuda de um microscópio para verificar as células, uma vez que é muito difícil observar os fungos a olho nu e acompanhar seu crescimento em diversos meios. 

“Não foi observado a reprodução do fungo em ambientes laboratoriais. Esse tipo de fungo distingue  esporos assexuados chamados de conídios com produção de pigmento alaranjado. Ademais, o fungo separa células de resistência (clamidósporos) .O micélio atinge aproximadamente 40mm após 7 dias de crescimento. As hifas são de coloração marrom clara e escura e com septo”, disse a pesquisadora.  

Assim como investigou as diferenças morfológicas, a pesquisadora também investigou  o material genético da espécie e identificou que o fungo tem uma resistência para suportar altas concentrações de mercúrio mesmo se equiparando com fungos da mesma espécie.

O “Brazilian Jounal Of Microbiology” já publicou sobre a nova espécie , e a pesquisadora agora trabalha para finalizar sua tese e publicar maiores informações sobre os procedimentos que fazem destes tipos de fungo um elemento essencial para a biorremediação do mercúrio.

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