Governador do Rio crítica Bolsonaro ao comparar atuação de governos nos EUA e Itália
Redação DM
Publicado em 13 de abril de 2020 às 18:47 | Atualizado há 5 anos
Wilson Witzel (PSC), governador do Rio de Janeiro, voltou a criticar o governo do presidente Jair Bolsonaro ( sem partido), por ser contrário à proposta de socorro a estados e municípios, que está em discussão na Câmara dos Deputados.
Para Witzel (em publicação no Twitter), que conferiu o desempenho de países fortemente devastados pela pandemia do novo coronavírus, como Estados Unidos e Itália, e sustentou que nessas nações, apesar das medidas restritivas adotadas, os governos federais têm “noção e responsabilidade” de socorrer os estados. Para o governador, “em países como a Itália e Estados Unidos, as medidas restritivas são mais rígidas do que as nossas. E lá os governos federais têm a noção e a responsabilidade de socorrer os estados”, enfatizou Witzel.
Em outro Twitter, Witzel disse acreditar que o governo brasileiro também socorrerá estados, porque tem “a obrigação de fazê-lo “. Em suas afirmativas escreveu que ” eu tenho certeza de que o nosso governo federal fará o mesmo. Não como um favor, como avaliam alguns, mas como uma “obrigação”, declarou.
Projeto de socorro aos estados é tratado como “bomba fiscal” pelo governo
Conforme cálculos da equipe econômica do governo Bolsonaro, o projeto de auxílio aos estados, em discussão na Câmara,pode ter um embate de 22 bilhões aos cofres públicos. Por isso o texto é tratado como uma “bomba fiscal” pelo governo.
Para o presidente ” parece que está começando a ir embora essa questão do vírus”
Neste domingo de Páscoa, 12 de abril, o presidente Bolsonaro, em live com lideranças religiosas, mais uma vez usou de argumentos contrários a Organização Mundial da Saúde (OMS), e do seu próprio ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, e quis minimizar os efeitos da pandemia do novo coronavírus. Bolsonaro afirmou que “parece que está começando a ir embora essa questão de vírus”.
Seus argumentos são sobre os impactos da redução na economia, algo que já afeta 51% dos brasileiros, segundo o Instituto Locomotiva. A incidência da Sars-CoV-2, porém estão longe de estar perto do fim. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil apenas em maio entrará no período mais crítico da pandemia, com aceleração descontrolada de casos confirmados do novo coronavírus.
*Com informações do Uol