Brasil

Governo quer suspender poder de estados e municípios de restringir a circulação de pessoas

Renata Sobreira

Publicado em 25 de março de 2020 às 16:39 | Atualizado há 5 anos

Na noite da última terça-feira (24), a Advocacia Geral da União (AGU), recorreu da decisão do ministro do STF, Marco Aurélio Mello que estendia aos estados e municípios o poder de criar regras sobre a locomoção de pessoas durante quarentena.

A decisão estendia aos
estados, Distrito Federal e municípios determinar regras que podiam restringir
a circulação de pessoas, mas segundo os advogados isso contraria as normas
gerais estabelecidas pela União.

Os representantes da AGU solicitam a suspensão dos
efeitos da Medida Provisória 926, que permite alteração da circulação e
transporte de pessoas em rodovias, portos e aeroportos. Os advogados do
governo pediram ainda esclarecimentos sobre o
alcance da decisão.

A medida que garante autonomia decisória aos estados e municípios durante a crise do coronavírus ferem a Constituição Federal de acordo com os advogados, mas para Marco Aurélio Mello a competência para tratar de normas de cooperação em saúde pública é comum entre a União, estados e DF e municípios.

No pedido para suspender a decisão os advogados afirmam que sem as atividades que permitem a circulação de pessoas seria impossível garantir os direitos básicos, veja o argumento dos representantes da AGU:

“De fato, a função das disposições questionadas pela ação é, justamente, impedir que, em razão de decisões isoladas e locais, seja impedido o transporte aéreo ou o tráfego interestadual, meios indispensáveis à circulação física das pessoas e dos meios necessários à garantia de prestações essenciais à subsistência humana. Trata-se de previsões normativas elementares para garantir a coesão social e a operabilidade de serviços públicos de competência da União”.

A ação já foi enviada por Marco Aurélio para ser julgada pelo plenário do Supremo. O presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, incluiu o tema na próxima sessão, marcada para o dia 1º de abril.

*Com informações do G1 e Agência Brasil.


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