Brasil

Idosa presa pelos atos do 08/01 apanha na cadeia por ser bolsonarista

Redação Online

Publicado em 15 de agosto de 2025 às 09:44 | Atualizado há 3 horas

A idosa Jucilene Costa do Nascimento, de 62 anos, condenada a 14 anos de prisão por seu papel nos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, foi brutalmente agredida no Presídio Feminino Regional de Florianópolis (SC). A agressão teria ocorrido em 4 de agosto de 2025, e, segundo a defesa, foi motivada por suas convicções políticas ela foi ferida por ser identificada como “bolsonarista”.

Segundo informações apuradas, a agressão resultou em lesões faciais graves, incluindo hematomas extensos e possível desfiguração. A agressora foi imediatamente removida da cela, e Jucilene recebeu atendimento médico, realizou exame de corpo de delito e teve boletim de ocorrência registrado.

A Secretaria de Justiça e Reintegração Social de Santa Catarina (Sejuri) esclareceu que o caso foi detectado durante um procedimento de rotina da unidade prisional e que foram tomadas todas as medidas institucionais cabíveis: atendimento médico, exame de corpo de delito, boletim de ocorrência e realocação da presa agressora.

Diante da gravidade da situação, os advogados de Jucilene renovaram pedido de prisão domiciliar junto ao STF, com base em sua idade avançada, estado de saúde debilitado (incluindo crises de ansiedade e depressão), e o ambiente hostil no presídio.

A medida foi negada pelo Supremo Tribunal Federal, que entendeu não haver “cenário urgente que motive o deferimento de prisão domiciliar”, especialmente porque a detenta estaria recebendo atendimento médico e psicológico adequado, conforme os documentos apresentados.

Familiares de Jucilene, naturais de Belém (PA), revelaram que ela era mãe solo de um jovem, tinha sua única fonte de renda uma pensão bloqueada desde 2023 e relata sofrimento profundo com o episódio.

A defesa também protocolou denúncias em instâncias internacionais — CIDH/OEA, Corte Interamericana de Direitos Humanos e a Tom Lantos Human Rights Commission (EUA) alegando tortura física e psicológica, risco de morte, negligência, perseguição política e violação de direitos básicos.

Leia também

Siga o Diário da Manhã no Google Notícias e fique sempre por dentro

edição
do dia

Impresso do dia