Interesseiros: vermes rastejantes!

As partículas virtuais, que ligamos elétrons aos prótons, nos átomos, em sua efêmera existência, têm a função de localizar energias opostas e proporcionalmente equivalentes para se ligar e equilibrar a energia do sistema numa harmonia cósmica sinfônica agindo em uma alucinante frequência de trilhões de hertz por segundo e mesmo assim mantendo o equilíbrio do universo durante o minúsculo tempo em que essa energia delas é criada para se propagar do interior da partícula de onde ela se originou e depois destruída com o distanciamento além do limite da partícula que a criou.
É um equilíbrio perfeito fundamentado na atração dos opostos em harmonia energética, onde a energia da partícula virtual que sai de dentro do elétron se liga à energia da partícula virtual que sai de dentro do próton causando uma atração gravitacional eletromagnética vantajosa e proveitosa para ambas as partes, positivo e negativo se beneficiam com a interação energética das partículas virtuais que cada um emana para suprir a carência do outro e essa troca igual e exatamente equivalente de energias constitui uma ligação por afinidade de interesses, o que não é, em essência, uma ligação “interesseira”, porque ambas as partes se beneficiam do contato mútuo e ambas as partes estão plenamente satisfeitas por receber e doar na mesma medida aquilo que tem excedente e aquilo que têm carência. Isso forma um equilíbrio e esse equilíbrio gera a harmonia.
As pessoas deveriam ser mais inteligentes e aprender com o pragmatismo natural infalível e incontestável. Esse mesmo equilíbrio absoluto que existe entre as partículas energéticas fundamentais do universo é o mesmo equilíbrio que se propaga por uma progressão de Fibonacci por cada novo nível de organização energética além das energias fundamentais, funciona assim e foi feito para funcionar apenas assim, justamente por isso as partículas virtuais, quando se afastam da sua fonte criadora são destruídas e novamente absorvidas pela sua fonte criadora para dar origem à outra partícula virtual que fará o mesmo trajeto da primeira até se distanciar o suficiente para ser também desintegrada e reintegrada à sua fonte criadora para ser reaproveitada para originar uma terceira partícula virtual e esse ciclo redundante energético de destruição e recriação energética é infinito.
São os ciclos naturais, foram criados para funcionar assim e é sempre assim que funcionarão, são Leis naturais que vão funcionar sempre assim e somente assim.
Esse equilíbrio harmônico de trocas se reflete nas moléculas, nas células, nos órgãos e organismos multicelulares, nas espécies, no ecossistema natural ecológico, no planeta, nos sistemas planetários que giram ao redor de estrelas, nas galáxias, enfim, todos os universos estão regidos sob uma única e mesma Lei: a mecânica quântica, que dita e regula o comportamento de cada ente e pune com a destruição quem ultrapassa os limites de parâmetros seguros de aproximação ou distanciamento sem relação à fonte da qual estão ligados e principalmente à fonte primordial de toda a energia universal, que é Jeová Deus.
No decorrer da vida muitos humanos exacerbam os limites do equilíbrio se tornando vermes rastejantes, vazios por dentro, incapazes de transmitir nada de bom aos outros ao seu redor e extremamente necessitados de receber coisas boas de todos ao seu redor. Tornam-se vampiros, sugadores de qualquer coisa alheia que tiverem a oportunidade de absorver.
Essa carência vai só aumentando e se auto-alimentando a cada vez que essa pessoa recebe algo que deseja sem doar nada de si a quem está atendendo o seu desejo e sem se preocupar em pensar que a outra pessoa também precisa receber e não apenas doar.
Com o decorrer do processo o vampiro social passa a se acostumar a receber sem dar e começa a acreditar que o mundo existe para satisfazer os seus desejos egoístas. Assim nasce mais um(a) interesseiro(a) no mundo. Pessoas que se preocupam apenas em receber, que seja sentimentos, conhecimento, atenção, carinho, amor, proteção e até mesmo dinheiro. O(a) interesseiro(a) só quer receber, mas não se preocupa em se doar para aquele que está suprindo a sua carência.
Isso gera um desequilíbrio no sistema e as pessoas ao seu redor começam a se afastar inconscientemente, porque o(a) interesseiro(a) não traz nada de bom aos outros, só quer as coisas boas dos outros, mas não transmite nada de valioso aos outros ao seu redor e assim o(a) vampiro(a) social fica revoltado sem saber porque as pessoas não estão mais suprindo o buraco-negro de carência infinita que ele carrega dentro de si, sempre querendo mais e mais sem nunca retribuir. É o momento em que esse indivíduo deixa de fazer parte do equilíbrio do sistema social e se torna um inconveniente rejeitado que precisa ser mantido longe porque só sabe pedir.
Quando o vampiro percebe que pedir não resolve mais ele começa a exigir e quando ele vê que exigir não está surtindo efeito ele começa a tomar à força o que deseja e assim surgem os criminosos, doentes emocionais acometidos pela doença do egoísmo extremo e insano.
O ideal é fornecer às pessoas a carência delas na mesma medida em que elas suprem nossas carências, restaurando assim o equilíbrio energético do ambiente social, onde todos ficam satisfeitos com todos e as ligações por afinidades são plenamente satisfeitas com ambas as partes recebendo e se doando proporcionalmente na mesma medida.
Lembrando que o mesmo fim que as partículas virtuais têm nos átomos, de desintegração total e retorno à fonte para ser usada na manutenção energética do equilíbrio do sistema também se aplica às relações de carência emocional extremas, que podem ser qualificadas como “vampirismo emocional”.
Jesus Cristo expressou uma lei imutável da mecânica quântica em palavras simples para leigos da época dele usando a frase que está em Mateus 13:12, onde está escrito: “Pois a todo aquele que tiver, dar-se-á mais e far-se-á abundar; mas a todo o que não tiver, até mesmo o que tiver será tirado dele.”

(André Luís Neto da Silva Menezes, pseudônimo: Tiranossaurus Rex – publicitário, inventor, filósofo, músico, integrante da Royal Society Group, membro da Confederação Brasileira de Letras e Artes e vice-presidente da Associação Canedense de Imprensa – [email protected])