Cotidiano

Lixão de Padre Bernardo: Semad faz intervenção diante da inércia de empresa; força-tarefa visa mitigar danos ambientais

Redação Online

Publicado em 1 de julho de 2025 às 04:17 | Atualizado há 7 horas

A estratégia para mitigar danos desde colapso do lixão de Padre Bernardo foi discutida em reunião com titular da Semad, Andréa Vulcanis.
A estratégia para mitigar danos desde colapso do lixão de Padre Bernardo foi discutida em reunião com titular da Semad, Andréa Vulcanis.

Em razão da absoluta inércia dos donos do lixão Ouro Verde, em Padre Bernardo, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) tomou, na manhã de segunda-feira (30/06), a decisão de intervir no controle e mitigação dos danos ambientais causados pelo desabamento de uma montanha de lixo no dia 18 de junho, contaminando o córrego Santa Bárbara.

A partir de agora, Semad e os demais órgãos que compõem o gabinete de crise criado em razão do episódio (ICMBio, Corpo de Bombeiros, prefeitura de Padre Bernardo e Defesa Civil) darão início a procedimentos que visam, no curto prazo, a remoção dos cerca de 42 mil metros cúbicos de lixo que caíram na grota, o desvio do córrego (para que ele pare de carrear resíduos e chorume) e o esvaziamento das três lagoas de chorume existentes no lixão (essas são as ações prioritárias mas não as únicas necessárias).

Em relatório, o corpo técnico da Semad conclui que “se chegou ao limite das ações possíveis no âmbito técnico-operacional por parte dos servidores das instituições diretamente envolvidas”. “As equipes técnicas atuaram com celeridade, empenho e dentro de suas competências legais desde o início do evento, mas a ausência de resposta efetiva da empresa compromete a continuidade e a efetividade das ações de resposta emergencial”, diz o relatório.

A Semad aponta, no documento, para necessidade de se adotar medidas coercitivas mais rigorosas em face da empresa; e para a importância de se aprofundar a articulação interinstitucional de alto nível com outros órgãos de fiscalização, controle e defesa civil. Já há técnicos da secretaria trabalhando nos documentos necessários para contratação dos serviços. A estratégia foi discutida em reunião com a titular da Semad, Andréa Vulcanis.

Desvio de córrego

O episódio mais recente que ilustra a inércia da empresa Ouro Verde aconteceu nesse fim de semana. Os donos do empreendimento haviam garantido, no dia 27 de junho, que fariam o desvio do córrego, bloqueado pelo desabamento da pilha de lixo. No dia 28, representantes dos órgãos envolvidos no gabinete de crise foram ao local e constataram que a proposta apresentada era inviável, porque não levou em conta o aumento do nível da água represada e peculiaridades do relevo.

A empresa também não tomou providências para 1) implantação de um barramento depois do ponto do desabamento, para impedir que, em caso de colapso da massa de resíduos, o material seja transportado até o Rio do Sal, evitando a ampliação do desastre; 2) bombeamento de água contaminada para bacias de contenção; monitoramento de qualidade da água; visita aos moradores da comunidade local, entre outras medidas urgentes.

Foto: Reprodução/Semad

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