Manifestantes contra Bolsonaro são presos em SP; PM segue dispersando ato
Redação DM
Publicado em 31 de maio de 2020 às 17:41 | Atualizado há 5 anos
A Polícia Militar de São Paulo informou, por meio da sua assessoria de imprensa, que alguns manifestantes que participavam de ato contra o governo de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista foram detidos com artefatos químicos, fogos de artifício e canivetes.
Os detidos estão sendo encaminhados ao 78º Distrito Policial, nos Jardins, zona sul da capital paulista. O número total não foi informado pela PM. A assessoria de imprensa do órgão diz que a operação ainda está em andamento.
Imagens da Globonews e da CNN Brasil mostram que a polícia avança contra os manifestantes contrários ao governo na Avenida Paulista, no sentido Consolação.
Por Mateus Fagundes
O secretário-executivo da Polícia Militar de São Paulo, Coronel Álvaro Batista Camilo, afirmou há pouco à Globonews que a dispersão, por parte da tropa, do ato pró-democracia no vão livre do Masp, Avenida Paulista, na tarde deste domingo ocorreu após pedras serem jogadas contra policiais. Ele defendeu que a operação está sendo realizada para evitar confrontos entre esses manifestantes e o grupo pró-governo, que se concentra a poucos metros, em frente à Fiesp.
“(Os manifestantes) Partiram para um radicalismo muito forte, ao confronto com a polícia. Não é o que geralmente acontece”, disse o coronel.
Ele ressaltou, contudo, que não é possível saber de que lado vieram as pedras – dos manifestantes antigoverno ou dos favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro. “Vimos animosidades dos 2 grupos (pró e antigoverno) na Avenida Paulista”, disse. “E o Choque (Batalhão de Choque da PM) está lá exatamente por isso, para evitar que eles se confrontem ainda mais.”
Coronel Camilo defendeu ainda que a Polícia Militar de São Paulo não defende “partido nem grupos ideológicos” e que, por orientação inclusive do governador João Doria (PSDB), deve defender a democracia e a liberdade de expressão.