Ministério confirma aumento de mortes por covid-19 em 13 estados
Salma Ataíde
Publicado em 27 de agosto de 2020 às 11:43 | Atualizado há 5 anos
Segundo dados demonstrados ontem (26), pelo Ministério da Saúde, confirmam que metade dos estados brasileiros apresentou uma alta no número de mortes por covid-19 na última semana, em comparação com os sete dias anteriores. São 13 unidades federativas que se encaixam nessa posição, quatro a mais do que o balanço apresentado na semana passada pela pasta.
Os estados que já apresentavam essa tendência de alta no boletim anterior são: Acre, Amapá, Tocantins e Rio de Janeiro. Já Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio Grande do Sul entraram na listagem essa semana.
Consta nos dados, que os maiores porcentuais de óbito foram registrados nos Estados do Pará (80%) e Rio de Janeiro (62%), que já haviam passado por pico de casos e mortes há alguns meses, mas que enfrentam uma ameaça de novo crescimento em meio ao agravamento da pandemia em municípios do interior e a flexibilização dos isolamentos.
Para o site Uol, o governo federal pontuou que doze Estados obtiveram uma redução de óbitos confirmados e dois ficaram com números estáveis no período.
Para Eduardo Macário, diretor do Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis do ministério, falou que muitas das mortes registradas na última semana não são novas, mas estavam ainda sob investigação.
Os dados da pasta mostram ainda que seis do 13 Estados que tiveram alta no número de mortes também registraram aumento total de casos.
Marcelo Gomes, pesquisador em saúde pública da Fiocruz e coordenador do Infogripe (sistema que monitora internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), a situação epidemiológica nacional, de estabilidade no número de casos e mortes por covid-19, não reflete a diversidade de cenários nas regiões, estados e municípios, que estão passando por momentos distintos da pandemia. O monitoramento das internações em cada localidade, apontou ele, comprova isso.
“Temos Estados que já tiveram redução de casos e estão tendo novo aumento e aqueles que foram atingidos mais tarde e ainda estão com tendência alta. Mas mesmo os Estados que registraram queda, os números ainda são elevados. Quinze unidades da federação têm pelo menos uma macrorregião de saúde com tendência de crescimento de internações por SRAG. Isso é um sinal de alerta. Nessas localidades, se há planos de maior flexibilização da quarentena, eles deveriam ser adiados”, destacou.