Brasil

Moradores de condomínio articulam ação para expulsar Bolsonaro de casa

Redação Online

Publicado em 6 de agosto de 2025 às 11:35 | Atualizado há 2 horas

O clima entre os moradores do condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico, região nobre da capital federal, tornou-se de tensão após a aplicação da prisão domiciliar imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Moradores afirmam que a rotina foi alterada drasticamente e chegaram a debater sua expulsão do local.

Segundo relatos, vizinhos expressaram, por mensagens em grupos privados do condomínio, incômodo com o aumento de fluxo de pessoas, incluindo assessores, agentes de imprensa e apoiadores do ex-mandatário. O tumulto gerado pela movimentação externa e interna motivou a insatisfação generalizada dos moradores.

O principal ponto de desgaste, conforme os relatos, gira em torno da perda de privacidade e da segurança do condomínio. A presença constante de terceiros combinada com buzinaços, engarrafamentos na entrada e até manifestações artísticas tem gerado reclamações entre os proprietários. “Eu só quero chegar em casa. O trânsito não anda”, escreveu uma moradora; outra lamentou: “Se esse povo vier protestar aqui, é um erro”.

Fontes afirmam que os moradores cogitam realizar uma assembleia interna para decidir o futuro da permanência do ex-presidente no condomínio. A ideia potencialmente seria reforçada por um abaixo-assinado que já circula entre os condôminos.

A prisão domiciliar de Bolsonaro foi decretada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, na segunda-feira, 4 de agosto de 2025. A medida se baseou no descumprimento de medidas cautelares que proibiam o uso de redes sociais inclusive por meio de terceiros. O ex-presidente participou de manifestações por videochamada, utilizando perfis de familiares, o que configurou violação clara das restrições.

A imposição da prisão domiciliar trouxe consigo a presença de agentes de segurança, imprensa e apoiadores, fazendo com que o acesso à entrada do condomínio se tornasse mais complicado. Alguns relatam engarrafamentos, especulação de acampamento de simpatizantes e até provocação simbólica como a execução de uma marcha fúnebre por um trompetista à porta do Solar de Brasília.

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