Brasil

Mortes de cavalos acendem alerta sobre segurança da ração animal

Redação DM

Publicado em 6 de junho de 2025 às 09:58 | Atualizado há 12 horas

Recentemente, a morte de 29 cavalos em Indaiatuba, São Paulo, gerou um alerta na indústria de ração animal, especialmente após o Ministério da Agricultura e Pecuária proibir a venda do produto Forrage Horse, fabricado pela Nutratta Nutrição Animal. A proibição ocorreu após indícios de contaminação, embora representantes da empresa afirmem que ainda não há provas conclusivas ligando a ração às mortes dos animais.

Indústria em alerta

O advogado Diêgo Vilela, que defende a Nutratta, afirmou que a empresa não pode assumir responsabilidade pelo ocorrido, uma vez que não existem evidências que estabeleçam um vínculo direto entre o consumo da ração e as mortes dos equinos. Ele ressaltou que diversos testes estão sendo realizados e que a investigação poderia revelar que a contaminação, se existir, pode ter ocorrido em outro ponto da cadeia alimentícia.

Impacto na confiança

Além das mortes, essa situação levanta questões sobre a segurança dos produtos destinados aos animais e a confiança dos consumidores. A Nutratta já havia interrompido a produção da ração antes mesmo da proibição oficial, o que mostra uma tentativa de controle da situação. Contudo, a determinação do governo foi vista como uma ação excessiva, já que a empresa estava cooperando com as autoridades na coleta de lotes suspeitos.

Os veterinários que examinaram os cavalos confirmaram que os animais apresentavam sinais de intoxicação alimentar, mas ainda não foi estabelecido um diagnóstico claro. Em meio a essas incertezas, o mercado de ração enfrenta um momento crítico, onde a transparência e a eficácia das regulamentações são fundamentais para a manutenção da confiança do consumidor.

Nesse cenário, especialistas em saúde animal e segurança alimentar aconselham um rigoroso acompanhamento das práticas de produção e distribuição de ração, além de recomendações para que fabricantes adotem protocolos de segurança mais robustos. As lições desse episódio ainda estão sendo aprendidas, mas a segurança alimentar deve ser a prioridade máxima na indústria de nutrição animal.


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