Mulher alega ter ficado cega após usar produto de Virginia Fonseca; WePink vira alvo de processo

Uma moradora de Nova Iguaçu (RJ) acusa a marca WePink, de Virginia Fonseca, de provocar uma grave lesão ocular. Lidiane Herculano afirma que perdeu temporariamente a visão após utilizar um fortalecedor de cílios da empresa. Ela relatou ter sentido ardência leve logo após a aplicação, mas os sintomas evoluíram rapidamente para uma visão embaçada e dor intensa.

Mesmo com os olhos irritados, Lidiane tentou seguir a rotina normal. No entanto, ao ser incentivada por colegas de trabalho, procurou atendimento médico. A oftalmologista identificou queimaduras nas córneas, supostamente provocadas pelo cosmético. “Ela disse que se eu não tivesse lavado, poderia ter sido até pior”, contou Lidiane.

A situação se agravou ao longo do dia. A vítima descreveu uma dor “insuportável” e comparou a sensação a cortes com lâmina nos olhos. Incapaz de abrir as pálpebras, precisou ser levada a um hospital especializado em Duque de Caxias. Segundo o filho, Otávio Lopes, Lidiane ficou afastada do trabalho por uma semana devido à severa sensibilidade à luz.

Nas redes sociais, Otávio repercutiu o caso e afirmou que a família prepara uma ação judicial contra a marca. “Ela teve as córneas queimadas e, graças a Deus e aos médicos, não foi pior”, disse ele em publicação na plataforma X.

A WePink emitiu nota oficial e diz ter entrado em contato com Lidiane e solicitado o envio do produto para perícia. Segundo a marca, a consumidora não teria colaborado inicialmente. “A análise pericial é essencial para emissão de laudo técnico”, declarou a empresa. Até o momento, a marca diz aguardar o envio da amostra para investigação.

A família de Lidiane reafirma que medidas judiciais já estão em andamento. A WePink, que já lidera rankings de reclamações no setor de cosméticos, enfrenta agora uma crise de imagem que pode afetar diretamente sua credibilidade e vendas.

Foto e Vídeo: Redes Sociais