![Imagem ilustrativa da imagem Mulher é levada a júri popular após tentativa de asfixiar a própria mãe em hospital](https://cdn.dm.com.br/img/Artigo-Destaque/120000/1200x720/Artigo-Destaque_00126646_00-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dm.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F120000%2FArtigo-Destaque_00126646_00.jpg%3Fxid%3D591343%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721260276&xid=591343)
O caso de Luciana Paula Figueiredo, acusada de tentar asfixiar a própria mãe, Ana Benedita Figueiredo, de 68 anos, em um leito no Hospital Dr. Carlos Macieira, em São Luís, será levado a júri popular. A data do julgamento foi determinada pelo juiz Gilberto de Moura Lima para Outubro deste ano.
O crime, ocorrido em janeiro de 2020, veio à tona após um vídeo gravado por acompanhantes de outros pacientes na mesma enfermaria ser divulgado. Nas imagens, Luciana é flagrada asfixiando sua mãe com as mãos e utilizando um lençol para impedir sua respiração. Mesmo debilitada pela saúde precária, a idosa tentou reagir, mas não conseguiu evitar o ato.
Ana Benedita estava internada com um quadro grave de embolia pulmonar e, devido à falta de oxigenação, teve que ser transferida de volta para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Apesar de receber alta cerca de um mês depois, a idosa acabou falecendo em abril do mesmo ano.
A Polícia apurou que uma das hipóteses para o crime seria o cansaço de Luciana em cuidar de sua mãe idosa, que apresentava múltiplos problemas de saúde. O Ministério Público denunciou a acusada por tentativa de homicídio.
Em depoimento à polícia, Luciana alegou que deu acidentalmente à sua mãe um medicamento para doenças mentais que estava destinado a ela própria. Ela afirmou que, ao perceber o erro, tentou reanimar Ana Benedita, colocando a mão em sua boca e nariz. Questionada sobre a eutanásia, Luciana respondeu que acredita no direito de pacientes terminais escolherem seu destino.
A defesa de Luciana tentou provar que ela possui transtornos mentais e solicitou a avaliação biopsicossocial, que concluiu que, apesar dos transtornos, ela é imputável e responsável por seus atos.
Em nota, os advogados de defesa de Luciana afirmam que ela nega veementemente a autoria do crime e que, durante o julgamento, provará sua inocência.