Novas variedades de pequi são desenvolvidas em Goiás
Redação DM
Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 18:11 | Atualizado há 8 anosPequi para todos os gostos é no que apostam pesquisadores que trabalham para replicar variedades do fruto e para verificar a adaptação de mudas a climas mais amenos, o que facilitaria o plantio e aumentaria a produção. Dentre as peculiaridades pesquisadas estão pequizeiros com frutos com uma gama diversa de cor e aqueles que não tem espinhos.
Cozidos no arroz ou no frango ou em conserva: não importa a forma de preparo, o fruto é quase unanimidade entre os goianos e já faz parte da cultura do estado. A grande maioria adora e aproveita ao máximo para saboreá-lo na época da colheita e alguns ainda congelam para os outros meses do ano.
Para quem não é de Goiás, acostumar a comer pequi é difícil: além do sabor exótico, os espinhos podem ser um entrave à prática.
Mas, o trabalho dos pesquisadores da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) pode mudar isso. O banco de germoplasma, onde são guardadas as variedades que terão os materiais genéticos replicados, conta hoje com 53 variedades de pequi, entre eles o que não tem espinho.
Manutenção das variedades
Mil mudas foram plantadas na Estação Experimental de Anápolis, para ser possível analisar a adaptação de pequizeiros a um clima mais ameno, já que geralmente são cultivados em áreas mais secas.
“Esperamos apresentar aos produtores como as variedades reagiram ao clima ameno característico de zonas de altitudes mais elevadas”, explicou a pesquisadora Elainy Botelho.
A pesquisa está em fase de instalação e estima-se que leve cinco anos para que os resultados sejam mensurados.
O plantio das mudas de pequi também está sendo visto como uma forma de preservar as variedades. Segundo a diretora de Pesquisa Agropecuária da Emater, Maria José Del Peloso, a iniciativa marca os avanços dos estudos na área de espécies nativas do Cerrado.