O fracasso de Guedes, pensador econômico ultraliberal de Bolsonaro
Redação DM
Publicado em 4 de outubro de 2022 às 16:39 | Atualizado há 3 anos
Foi, em 2018, um dos mais belos “takes” de Jair Bolsonaro. Economista, fundador do banco Pactual e influente think tank Millenium, Paulo Guedes, na época com 69 anos, colocou toda a sua energia a serviço do capitão Bolsonaro.
Apelidado de “posto Ipiranga” , nome de uma rede de postos de gasolina, onde o líder de extrema-direita podia tirar suas ideias, este último abriu sua agenda de endereços e conseguiu reunir ao seu candidato o essencial de grandes chefes.
Vitória alcançada, Paulo Guedes foi logicamente impulsionado à chefia de um “superministério” da economia, reunindo orçamento, planejamento e indústria. O plano desse ultraliberal, formado na Escola de Chicago, era então ambicioso: reforma das pensões, do funcionalismo público, dos impostos e até 1.000 bilhões de reais (191 bilhões de euros) em privatizações. Na sua mira estava nada menos que a Petrobrás, gigante petrolífera Brasileira.
Quatro anos depois, é uma chuva fria para Paulo Guedes, que indignou seus detratores e decepcionou até seus aliados mais próximos. Em questão, resultados ruins calamitosos: crescimento lento (1,7% previsto pelo Fundo Monetário Internacional, FMI, em 2022), uma taxa de desemprego certamente em queda (9,3%), mas salários corroídos pela inflação recorde e, acima de tudo, uma explosão da pobreza, que hoje atinge quase um em cada três brasileiros. Guedes teve que baixar suas ambições. Além de uma reforma previdenciária consensual nenhum outro texto importante foi aprovado.
Leia também
- Governo Lula congela R$ 31,3 bi em despesas e anuncia aumento de IOF
- Vila Nova é goleado pelo Cruzeiro no Serra Dourada e se despede da Copa do Brasil
- Bettina Negrini tranca Instagram após sofrer assédio
- Mulher morre em academia no RJ
- Ataque a tiros em Washington mata casal de funcionários da embaixada de Israel