O Pirilampo
Redação DM
Publicado em 29 de agosto de 2015 às 23:40 | Atualizado há 10 anosA ascensão às Sublimes Moradas é lenta e árdua.
Todavia, para atingi-las, o Poder Supremo, por não ter a pressa que ainda nos caracteriza, destinou-nos o tempo.
O tempo flui sempre a nosso favor, nós que detemos a eternidade!
Rui Barbosa, notável jurista brasileiro, citado no Título 11, assim traduz a função benéfica do tempo:
“O tempo não conhece dificuldades, a que não gaste as arestas, não desate os nós, não resolva os enigmas.”
2 – Emmanuel, no livro “Recados do Além”, impresso artisticamente, no que tange às nossas ações e atitudes, ao longo do tempo de nossa estada neste plano terráqueo, deixa-nos a seguinte mensagem:
“Nunca te afirmes imprestável.
Num aldeamento de colonização, surgiu um químico dedicado à fabricação de remédios, pesquisando as qualidades de certo arbusto que existia unicamente em cavernas.
Detendo informes de antigos habitantes da região, muniu-se de lâmpada elétrica, vela e fósforos para descer aos escaninhos de grande furna.
O homem começou a distanciar-se da luz do sol e porque a sombra se condensasse, acendeu a lâmpada, desdobrando uma corda que, na volta, lhe orientasse o caminho.
A breves instantes, porém, as pilhas se esgotaram. Recorreu aos fósforos e inflamou a vela. Entretanto, a vela se derreteu e os fósforos foram gastos inteiramente, sem que ele atingisse o que desejava.
Dispunha-se ao regresso, quando viu em pequeno recôncavo do espaço estreito e escuro o brilho intermitente de um pirilampo.
Aproximou-se curioso e, à frente dessa luz, achou a planta que buscava, com enorme proveito na tarefa a que se propunha.
Anotemos a conclusão.
Quem não pode ser a luz solar, terá possivelmente o clarão da lâmpada.
Quem não consegue ser a lâmpada, terá consigo o valor de uma vela acesa ou de um fósforo chamejante.
E quem não disponha de meios a fim de substituir a vela ou o fósforo, trará, sem dúvida, o brilho de um pirilampo.”
(Weimar Muniz de Oliveira, [email protected])