Operação policial revela comércio ilegal de armas em meio ao crescimento do CAC

Operação policial expõe comércio ilegal de armas no Rio

Uma operação da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) lançou luz sobre um esquema de desvio de armas para o crime organizado no Rio de Janeiro. A ação visou Renan Rangel Pinheiro, residente no bairro de Sampaio, zona norte da cidade, que foi preso em flagrante na última sexta-feira (21).

CAC: um disfarce para atividades ilícitas?

Renan Pinheiro, que possui licença de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), é acusado de comprar grandes quantidades de armas e munições, alegadamente para sustentar o tráfico de drogas. A investigação apontou que entre 2020 e 2024, Pinheiro movimentou mais de R$ 600 mil nessa atividade, um valor que não condiz com sua renda declarada.

Compras suspeitas levantam suspeitas

Os dados levantados pelos investigadores destacam que, entre 2022 e 2023, o investigado adquiriu impressionantes 125 carregadores de fuzil e 40 de pistola, além de mais de 60 mil munições. Esse padrão de consumo é bastante incomum para alguém que supostamente pratica esportes de tiro ou é um colecionador.

Apreensões e investigações contínuas

Durante a operação, que também foi conduzida em Campo Grande, na zona oeste, as autoridades apreenderam três fuzis, cinco pistolas, um revólver, uma grande quantidade de munições, diversos acessórios para armas e um veículo clonado. Pinheiro também é investigado por possível envolvimento no desvio de munições de uma loja em São Paulo.

O caso de Renan Pinheiro levanta questões cruciais sobre o uso da licença CAC como um artifício para a prática de atividades ilegais. A operação da Desarme pode ser apenas a ponta do iceberg em relação a essa problemática, que associa colecionadores e atiradores esportivos ao crime organizado.