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Operação prende 33 pessoas envolvidas em 'golpe de nudes'

Durante quase um ano de investigação, mais de 140 pessoas foram presas no Rio Grande do Sul por aplicar 'golpe de nudes'

Golpe de nudes são aplicados em homens mais velhos Golpe de nudes são aplicados em homens mais velhos

Na segunda-feira (29), as autoridades policiais conduziram uma operação resultando na prisão de 33 suspeitos envolvidos em uma quadrilha que aplicava o golpe dos nudes em 12 estados brasileiros. As prisões foram realizadas em 11 cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Segundo a polícia, sete dos suspeitos já estavam sob custódia.

Durante a ação, foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 30 mandados de prisão temporária e 33 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de 25 contas bancárias. As informações são do G1.

Durante quase um ano de investigação, mais de 140 pessoas foram presas no Rio Grande do Sul. Os suspeitos aplicavam os golpes em empresários, médicos e até políticos. A investigação revelou a existência de 80 vítimas em todo o país, com um prejuízo estimado em até R$ 5 milhões. Uma única vítima teria perdido mais de R$ 100 mil.

As vítimas do golpe foram identificadas em diversos estados, incluindo Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Como era aplicado o 'golpe de nudes'

O esquema criminoso envolvia a extorsão de usuários de redes sociais, em sua maioria homens mais velhos, por meio do envio de fotos íntimas por jovens mulheres. Após a troca de mensagens, os golpistas se passavam por parentes ou autoridades policiais, alegando que a jovem era menor de idade. Em seguida, tentavam extorquir dinheiro das vítimas para evitar a exposição.

Os criminosos chegaram a montar cenários falsos de delegacias e filmavam a encenação do suposto registro de ocorrência por pedofilia contra as vítimas. Foi descoberta a existência de delegacias falsas da Polícia Civil em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Durante as investigações, a Polícia Civil também descobriu que uma adolescente de 17 anos foi recrutada pela quadrilha. Ela tirava fotos de si mesma e recebia entre R$ 100 e R$ 200 por “pacote de imagens”, que eram usadas no esquema. Há suspeitas de que outras adolescentes, assim como jovens de 18 e 19 anos, também tenham sido recrutados para se passarem por menores de idade.

A organização criminosa é acusada de praticar crimes como extorsão, corrupção de menores, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e posse ilegal de arma de fogo.

A Polícia Civil enfatiza que nenhum policial entrará em contato exigindo pagamentos, negociando mandados de prisão ou se abstendo de cumpri-los. Caso ocorra qualquer situação dessa natureza, é recomendado registrar um boletim de ocorrência em uma delegacia.

Para denúncias, é possível entrar em contato por meio do Disque Denúncia pelo número 08005102828, ou através do WhatsApp e Telegram no número (51) 9 8444-0606.

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